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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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226 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

Em 1898, James Hervey Hyslop, Professor de Lógica e Êtica na<br />

Universidade de Colúmbia, substituiu o Doutor Hodgson como chefe<br />

experimentador. Começando na mesma posição de cepticismo, aos poucos foi<br />

levado pelas próprias experiências à mesma conclusão.<br />

É impossível ler os seus relatórios, publicados em vários livros e, também,<br />

no Volume 16º dos “Proceedings” da SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH<br />

sem sentir que talvez ele não suportasse a evidência. Seu pai e muitos parentes<br />

voltaram e mantiveram palestras que estavam muito acima da alternativa de<br />

personalidade secundária ou de telepatia. Ele não discute o obscuro em sua<br />

conversação, mas diz: “Estive conversando com meu pai, meu irmão, meus tios” e<br />

quem quer que leia a sua descrição será forçado a concordar com ele. Como essa<br />

Sociedade pode ter tais provas em seus próprios “Proceedings” e ainda, até onde a<br />

maioria de seu Conselho é responsável, continuar não convertida ao ponto de vista<br />

Espírita, é um mistério. Isto apenas pode ser explicado pelo fato de haver um tipo de<br />

mente egocêntrica e limitada — embora possivelmente aguda — que absolutamente<br />

não recebe impressões do que acontece aos outros e, ainda, é constituída de tal modo<br />

que é o último tipo de mente a convencer­se por si mesma, devido ao seu efeito<br />

sobre o material de que depende a prova. Nisto está a razão por que de outro modo<br />

seria inexplicável.<br />

As lembranças do velho Hyslop não eram muito minuciosas nem muito<br />

definitivas para alcançar o seu filho. Muitos fatos haviam sido esquecidos e alguns<br />

jamais tinham chegado ao conhecimento deste. Dois vidros em sua escrivaninha, seu<br />

canivete castanho, sua caneta com pena de pato, o nome de seu piquira, seu boné<br />

preto a gente pode considerar estas coisas triviais, mas elas são essenciais à<br />

comprovação da personalidade. Ele tinha sido membro ativo de uma pequena seita.<br />

Apenas nisto parece que havia mudado. “A ortodoxia nada tem com isto. Eu podia<br />

ter mudado de ideia em muitas coisas, se as tivesse conhecido.”<br />

É interessante notar que quando, em sua décima sexta sessão, o Professor<br />

Hyslop adotou os métodos dos Espíritas, conversando livremente e sem testes,<br />

obteve uma corroboração mais efetiva do que nas quinze sessões em que havia<br />

tomado precauções. O fato confirma a observação de que quanto menor o<br />

constrangimento em tais entrevistas, mais positivos são os resultados, e que o<br />

pesquisador meticuloso muitas vezes estraga a própria sessão. Hyslop registrou que<br />

em 205 incidentes mencionados nessas conversas foi­lhe possível verificar a<br />

exatidão de nada menos que 152.<br />

Talvez a mais interessante e dramática conversação jamais obtida através<br />

de Mrs. Piper seja a que se deu entre seus dois investigadores, após a morte de<br />

Richard Hodgson, em 1905.<br />

Temos aqui dois cérebros de primeira classe — Hodgson e Hyslop — um<br />

“morto” e o outro na plenitude de suas faculdades, mantendo uma palestra no seu<br />

nível habitual, pela boca e pela mão dessa mulher meio deseducada e em transe. É<br />

uma situação maravilhosa e quase que inconcebível que ele, que durante tanto tempo<br />

estivera estudando o Espírito através dessa mulher, deveria agora ser o Espírito que

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