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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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286 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

22<br />

Grandes Médiuns Modernos<br />

Há sempre uma certa monotonia em escrever sobre sinais físicos de<br />

inteligência estranha, porque eles tomam formas estereotipadas e de natureza<br />

limitada.<br />

São mais que suficientes para a sua finalidade, que é demonstrar a presença<br />

de forças invisíveis, desconhecidas da ciência materialista, mas tanto os seus<br />

métodos de produção, quanto os resultados, conduzem a infindáveis reiterações.<br />

Essa manifestação em si mesma, ocorrendo, como ocorre, em toda a parte, deveria<br />

convencer cada um que pensa seriamente sobre o assunto que se acha em presença<br />

de leis fixas, e que não é uma esporádica série de milagres, mas uma ciência real que<br />

se está desenvolvendo. É em sua ignorante e arrogante guerra a esse fato que têm<br />

pecado os adversários. “Não compreendem que haja leis”, escreveu Madame Bisson,<br />

depois de alguma tentativa fátua dos doutores da Sorbonne para produzir o<br />

ectoplasma sob condições que lhes impossibilitavam a experiência. Como se verá<br />

pelo que sucedeu antes, um grande médium de efeitos físicos pode produzir a Voz<br />

Direta fora de seus próprios órgãos vocais, bem como a telecinésia ou o movimento<br />

de objetos a distância, batidas, ou percussão do ectoplasma, transportes, ou a vinda<br />

de objetos distantes, materializações de rostos, de mãos ou de figuras inteiras, a fala<br />

e a escrita em transe, escrita em lousas fechadas, fenômenos luminosos, que tomam<br />

várias formas. Todas essas manifestações o autor viu muitas vezes e como elas lhe<br />

foram mostradas pelos principais médiuns da atualidade, ele se arrisca a alterar a<br />

forma desta história, falando dos mais recentes sensitivos que conhece pessoalmente<br />

e pôde observar.<br />

Fique entendido que uns cultivam um dom, outros outro, ao passo que os<br />

que exibem todas as formas de mediunidade em geral não são tão proficientes em<br />

nenhuma, como o homem ou a mulher que se especializou. A gente possui muita<br />

força psíquica para exteriorizar, e pode fazê­lo através de um canal profundo ou<br />

desperdiçá­la através de muitos canais superficiais. De vez em quando aparece uma<br />

criatura maravilhosa, como D. D. Home, que possui todas as mediunidades — mas<br />

isto é raro.<br />

A maior médium de transe com a qual o autor já teve contacto foi Mrs.<br />

Osborne Leornad. O grande valor de seu dom é que, em regra, ele é contínuo. Não é<br />

interrompido por longas pausas ou por intervalos improdutivos, mas flui exatamente<br />

como se a pessoa que se supõe falar estivesse presente. O processo usual é que Mrs.<br />

Leonard, uma senhora agradável, gentil, de meia­idade, cai num sono, durante o<br />

qual a sua voz muda inteiramente e o que vem através dela, se supõe ser de seu<br />

pequeno guia — Feda. O guia fala um inglês entrecortado, alto, com muitas<br />

expressões infantis e de intimidade, o que dá a impressão de uma inteligência<br />

infantil, suave e meiga. Atua como porta­voz do Espírito que espera, mas

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