A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle
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109 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />
Maurice Davies, Mr. H. D. Jencken, o Doutor George Sexton, Mrs. Ross Church<br />
(Florence Marryat), Mr. Newton Crosland e Mr. Benjamin Coleman.<br />
A mediunidade de uma alta qualidade, no setor dos fenômenos físicos foi<br />
fornecida por Mrs. Jencken (Kate Fox) e Miss Florence Cook. O Doutor J. R.<br />
Newton, famoso médium curador da América, chegou em 1870, e numerosas curas<br />
gratuitas foram registradas. Desde 1870 Mrs. Everitt exercitou uma mediunidade<br />
maravilhosa, como a de D. D. Home, gratuitamente, convencendo a muita gente.<br />
Herne e Williams, Mrs. Grupáginasy, Eglington, Slade, Lottie Fowler e outros<br />
fizeram muitas conversões através de sua mediunidade. Em 1872 as fotografias do<br />
Espírito de Hudson despertaram enorme interesse e em 1875 o Doutor Alfred Russel<br />
Wallace publicou o seu famoso livro “On Miracles and Modern Spiritualism” 34 .<br />
Um bom meio de traçar o desenvolvimento do Espiritismo nesse período é<br />
examinar o depoimento de testemunhas fidedignas contemporâneas, especialmente<br />
as que são qualificadas por sua posição e experiência para poderem opinar. Antes,<br />
porém, de lançar um olhar sobre o período que estamos considerando, olhemos a<br />
situação em 1866, tal qual a via Mr. William Howitt nuns poucos parágrafos tão<br />
admiráveis que o autor se sente obrigado a citálos ad litteram. Diz ele:<br />
“A posição atual do Espiritismo na Inglaterra, se a imprensa fosse<br />
onipotente, dada a sua influência, seria pouco animadora. Depois de empregar todos<br />
os meios possíveis para prejudicar e desacreditar o Espiritismo; depois de lhe haver<br />
aberto as suas colunas, na esperança de que o vazio e a loucura ficassem tão<br />
aparentes que os seus espertos inimigos logo fossem capazes de atingilo com<br />
argumentos irrespondíveis e assim verificarem que todas as vantagens da razão de<br />
fato estavam de seu lado; depois de havêlo difamado e ferido sem propósito, toda a<br />
imprensa, como se por consenso geral ou de plano préestabelecido, adotou a tática<br />
de abrir as suas colunas a toda falsidade e a toda história insensata a respeito dele,<br />
mas se fechando hermêticamente a qualquer explicação, refutação ou defesa. Desde<br />
que todos os outros meios para o liquidar haviam falhado, foi decidido sufocálo.<br />
Pregar um esparadrapo literário em sua boca e deixar que seu pescoço fosse cortado<br />
por quem quer que desejasse fazêlo. Assim esperava poder desferirlhe o golpe de<br />
graça.<br />
“Se alguma coisa pudesse aniquilar o Espiritismo, sua atual estima pelo<br />
público inglês, seu tratamento pela imprensa e pelas cortes de jwstiça, a tentativa de<br />
sua supressão por todas as forças da inteligência pública, o ódio que lhe votam todos<br />
os heróis do púlpito de todas as igrejas e credos, a sua simples aceitação ainda<br />
mesmo por esse público que a imprensa considera maluco, e pervertido, as suas<br />
próprias divisões internas — numa palavra, a sua preeminente impopularidade o<br />
teriam liquidado. Mas é assim? Ao contrário: jamais ele se arraigou tão firmemente<br />
na massa de mentes adiantadas; nunca seu número cresceu tão ràpidamente; jamais<br />
suas verdades foram mais eloqüente e claramente defendidas; jamais as<br />
investigações a seu respeito foram mais abundantes e ansiosas. Durante todo o<br />
tempo em que a imprensa e os boatos estiveram lançando o insulto e o despreso<br />
sobre ele, jamais as reuniões de Harley Street foram tão concorridas e superlotadas<br />
por senhoras e cavalheiros das classes médias e altas, que ouviam com admiração as<br />
eloqüentes e sempre variadas mensagens de Emma Hardinge. Ao mesmo tempo os<br />
Davenport, milhares de vezes denunciados como impostores, outras tantas<br />
demonstraram que os fenômenos que produziam continuavam inexplicáveis por<br />
34 “Sobre Milagres e Moderno Espiritismo” — N. do T.