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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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229 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

O estudioso que tomar a peito o imenso trabalho de examinar<br />

cuidadosamente essas mensagens — que se estendem por centenas de páginas —<br />

talvez se satisfaça com a prova apresentada. Mas, na verdade, verificamos que<br />

muitos pesquisadores de psiquismo, experimentados e capazes, as consideram<br />

insuficientes. Eis algumas opiniões a respeito.<br />

Diz Richet 128 : “Certamente estes são casos bem marcados de criptestesia;<br />

mas, se há criptestesia, ou lucidez, ou telepatia, isto de modo algum implica a<br />

sobrevivência de uma personalidade consciente”.<br />

Deve, entretanto, lembrar­se que Richet não é um controvertista imparcial,<br />

de vez que qualquer admissão de Espírito seria contrária aos ensinamentos de toda a<br />

sua vida.<br />

Da mesma escola de Richet é o Doutor Joseph Maxwell, que diz: “É<br />

impossível admitir a intervenção de um Espírito. Queremos provar os fatos, e o<br />

sistema de correspondência cruzada se funda em fatos negativos, o que é uma base<br />

instável. Só os fatos positivos têm valor intrínseco, que as correspondências<br />

cruzadas não apresentam, pelo menos, na atualidade.”<br />

É de notar­se que Maxwell, como Richet, fez depois uma longa caminhada<br />

para o Espiritismo.<br />

Encontramos isto discutido com a necessária gravidade, no Spectator, de<br />

Londres, que diz:<br />

“Ainda que essas coisas (isto é, as correspondências cruzadas de tipo<br />

complexo) fossem comuns, não se poderia argumentar que seriam apenas uma<br />

prova de que algum ser consciente as produzisse; que dificilmente provariam que<br />

esse ser consciente estivesse ‘no espírito’; que certamente não provariam que fosse<br />

uma determinada pessoa morta qual a que tal se diz? Uma correspondência cruzada<br />

é uma possível prova de organização, mais não de identidade.”<br />

É verdade que muita gente capaz, como Sir Oliver Lodge e Mr. Gerald<br />

Balfeur, aceitam a prova das correspondências cruzadas. Mas se estas satisfazem<br />

comparativamente a poucas pessoas, então o seu objetivo não foi atingido.<br />

Eis uns poucos exemplos dos mais simples, tomados da SOCIETY FOR<br />

PSYCHICAL RESEARCH, em seus “Proceedings”. Como nada menos de que 50 a<br />

100 páginas impressas são dedicadas a um dos mais complicados casos, é difícil<br />

resumi­las adequadamente em poucas linhas e desnecessário declarar quão<br />

cansativos são para o leitor se transcritos integralmente.<br />

A 11 de março de 1907, à uma hora, disse Mrs. Piper ao despertar:<br />

“Violetas”. No mesmo dia, às 11:00 da manhã Mrs. Verall escreveu<br />

automaticamente: “Suas cabeças foram coroadas com botões de violetas”.<br />

“Violaceae odores” (cheiro de violetas). “Folhas de violetas, de oliveira, vermelho<br />

e branco”. “A cidade das violetas.”<br />

A 8 de abril de 1907, o suposto Espírito de Myers, através de Mrs. Piper,<br />

disse a Mrs. Sidgwick: “Lembra­se de Eurípides?... Lembra­se do Espírito e do<br />

anjo? Dei a ambos... Quase todas as palavras que hoje escrevi se referem a<br />

mensagens que estou tentando transmitir através de Mrs. V.”<br />

128 “Thirty Years of Psychical Research”.

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