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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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134 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

artifícios se achavam em suas pessoas ou nas proximidades. Entraram na cabine e<br />

sentaram­se de frente um para o outro. Então o Capitão Inglefiekl, com uma corda<br />

nova, que ele próprio trouxera, amarrou Mr. W. Davenport de pés e mãos, com as<br />

mãos para as costas. Do mesmo modo Lord Bury amarrou Mr. I. Davenport. Os<br />

laços foram amarrados e selados com lacre e carimbados. Um violão, um violino,<br />

um tamborim, dois sinos e uma trombeta de latão foram colocados no piso da<br />

cabine. Então as portas foram fechadas e se fez luz bastante na sala para que<br />

pudéssemos ver o que acontecia. Omitirei a descrição minuciosa da babel de sons<br />

que se produziram na cabine e a violência com que as portas se abriam<br />

continuamente e os instrumentos eram jogados para fora; as mãos aparecendo<br />

geralmente por um orifício em forma de losango ao centro da porta da cabine. Os<br />

incidentes que se seguem pareceram­nos particularmente dignos de menção:<br />

Quando Lord Bury estava inclinado dentro da cabine, estando a porta aberta e os<br />

dois operadores amarrados e lacrados, foi vista uma mão destacada descer sobre<br />

ele; ele recuou, observando que uma mão lhe havia batido. De noite, em plena luz<br />

do candelabro de gás e durante um intervalo da sessão, estando abertas as portas<br />

da cabine e quando as ligaduras dos irmãos Davenport estavam sendo examinadas,<br />

uma mão feminina, muito branca e fina e o punho tremeram por alguns segundos<br />

no espaço ­Essa aparição provocou uma exclamação geral. Então Sir Charles<br />

Wyke entrou na cabine e sentou­se entre os dois moços, pondo cada uma das mãos<br />

sobre eles e os segurando. Depois, as portas foram fechadas e recomeçou a babel<br />

de sons. Várias mãos apareceram no orifício — entre as quais a de uma criança.<br />

Depois de algum tempo Sir Charles voltou para o nosso meio e informou que<br />

enquanto segurava os dois irmãos diversas mãos lhe tocaram o rosto e puxaram os<br />

seus cabelos; em seu redor os instrumentos se ergueram e foram tocados em volta<br />

de seu corpo e da cabeça, enquanto um deles se apoiou sobre o seu ombro. Durante<br />

os seguintes incidentes as mãos que apareceram foram tocadas e seguradas pelo<br />

Capitão Inglefield o qual verificou, pelo tato, que eram aparentemente humanas,<br />

embora escapassem de suas mãos. Deixo de mencionar outros fenômenos já<br />

descritos em outra parte.<br />

“A parte seguinte da sessão foi realizada no escuro. Um dos Davenport e<br />

Mr. Fray ficaram sentados entre nós. Duas cordas foram atiradas a seus pés e em<br />

dois minutos e meio estavam eles amarrados de pés e mãos, com as mãos para trás,<br />

fortemente atadas às cadeiras e estas amarradas a uma mesa próxima. Enquanto<br />

esta operação se realizava o violão foi erguido da mesa e tocou e flutuou em volta<br />

da sala e por cima da cabeça de todos, tocando de leve um ao outro. Então uma luz<br />

fosforescente foi atirada de um para outro lado, por cima de todos; o peito, as mãos<br />

ou as costas de vários dos presentes foram simultaneamente tocados, batidos ou<br />

arranhados por mãos, enquanto o violão flutuava no ar, agora próximo do teto e<br />

batia na cabeça e nos ombros dos menos felizes. As campainhas soavam aqui e ali,<br />

e uma leve vibração era mantida no violino. Os dois tamborins pareciam rolar para<br />

lá e para cá pelo chão, ora sacudidos violentamente, ora tocando nas mãos e nos<br />

joelhos dos circunstantes — sendo que todas essas coisas eram sentidas ou ouvidas<br />

simultaneamente. Segurando um tamborim, Mr. Rideout perguntou se o mesmo<br />

poderia ser tirado de suas mãos; quase que instantâneamente o instrumento foi<br />

arrebatado. Ao mesmo tempo Lord Bury fez a mesma pergunta e houve uma<br />

tentativa de arrebatamento do tamborim que ele segurava fortemente. Então Mr.<br />

Fay perguntou se lhe poderiam tirar o paletó. Imediatamente ouvimos um puxão<br />

violento e aconteceu a coisa mais notável. Uma luz foi acesa antes que o paletó<br />

saisse de Mr. Fay, tirado por cima. Voou para o candelabro onde ficou pendurado<br />

por um instante e depois caiu no chão. Enquanto isto Mr. Fay era visto como antes,<br />

de pés e mãos atados. Um do grupo tirou então o próprio casaco, que foi colocado

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