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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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308 – Arthur <strong>Conan</strong> <strong>Doyle</strong><br />

— e tanto o prenome quanto o nome eram precisamente aqueles dados na sessão; e o<br />

que é igualmente notável, é que o alfinête de pérola foi achado entre os seus objetos.<br />

Ambas as senhoras assinaram um documento que me enviaram, afirmando a<br />

exatidão do relato. A mensagem foi gravada na ocasião e não escrita de memória<br />

depois de obtida a confirmação. Aqui não poderia haver a explicação da memória<br />

subliminal, telepatia ou coincidência e a evidência indica, sem sombra de dúvida,<br />

como mensagem telepática do oficial morto.<br />

Descreve o Reverendo G. Owen 222 a volta de George Leaf, um de seus<br />

colegas do Curso de Bíblia, em Oxford, Warrington, que entrou para a R.A.F. e<br />

morreu na Grande Guerra: “Algumas semanas depois sua mãe estava limpando o<br />

ladrilho da lareira, na sala de estar. Estava ajoelhada diante da grelha quando<br />

sentiu um impulso para se virar e olhar a porta que se abrira na entrada. Voltou­se<br />

e viu seu filho, vestido com roupas de trabalho, exatamente como costumava voltar<br />

para casa todas as tardes, quando vivo. Tirou o casaco e pendurou­o na porta,<br />

como era velho hábito familiar. Então virou­se para ela, moveu a cabeça e sorriu;<br />

marchou para a cozinha, onde tinha o hábito de se lavar, antes do jantar. Tudo era<br />

muito natural e vívido. Ela reconheceu que era o seu filho morto, que tinha vindo<br />

para lhe mostrar que estava vivo no mundo dos Espíritos e vivendo uma vida<br />

natural, bem, feliz e contente. Também aquele sorriso de amor lhe disse que seu<br />

coração ainda estava com os velhos em casa. Ela é uma criatura sensível e não<br />

duvida da história um instante. Aliás, desde a morte do filho tem sido vista na Igreja<br />

de Orford, que ele costumava freqüentar e tem sido visto em vários outros lugares.”<br />

Há muitos exemplos de visses de soldados, coincidentes com a sua morte.<br />

Nos “Dreams and Visions of the War”, de Rosa Stuart, encontra­se este caso: “Uma<br />

história muito tocante me foi contada por uma senhora de Bournemouth. Seu<br />

marido. sargento nos Devons, foi para a França a 25 de julho de 1915. Ela havia<br />

recebido cartas suas regularmente, todas muito felizes e amáveis, de modo que ela<br />

começou a ficar com a mente calma a seu respeito, sentindo que se qualquer perigo<br />

o ameaçasse ele se sairia bem. Na noite de 25 de setembro de 1915, cerca de dez<br />

horas, achava­se sentada na cama, em seu quarto, conversando com outra moça,<br />

que morava com ela. A luz estava acesa e nenhuma delas pensava em ir para a<br />

cama, tão absorvidas estavam na conversa sobre os fatos do dia e da guerra.<br />

Sübitamente houve um silêncio. A esposa parou de súbito, no meio de uma frase e<br />

sentou­se, olhando fixamnente no espaço. Diante delas, fardado, estava o seu<br />

marido! Durante dois ou três minutos assim ficou, olhando para ele, e ficou<br />

chocada pela expressão de tristeza de seus olhos. Levantando­se rapidamente<br />

avançou para o lugar onde ele estava, mas lá chegando a visão tinha desaparecido.<br />

Con quanto naquela manhã tivesse recebido uma carta dizendo que ele se achava<br />

são e bom, teve a certeza de que a visão era de mau augúrio. Tinha razão. Pouco<br />

depois recebia uma carta do Ministério da Guerra, dizendo que ele tinha sido morto<br />

em combate em Laos, a 25 de setembro de 1915, na mesma data em que lhe<br />

parecera tê­lo visto ao lado de sua cama.”<br />

Um lado místico mais profundo das visões da Grande Guerra gira em torno<br />

dos “Anjos de Mons”. Mr. Arthur Machen, conhecido jornalista londrino, escreveu<br />

222 “Facts and Future Life”, (1922, páginas 53­54).

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