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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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103 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

não a saiba e, se bem compreendo, nenhuma resposta me pode ser dada senão por<br />

intermédio da senhora. Em tais circunstâncias, como deveremos proceder?<br />

— Faça a sua pergunta de maneira que a resposta possa ser dada por<br />

uma palavra que focalize a ideia que o senhor tem em mente.<br />

— Tentarei. Realizar­se­á aquilo que me ameaça?<br />

— Não.<br />

— Isto não satisfaz. É fácil dizer sim ou não, mas o valor da afirmação ou<br />

da negação dependerá da convicção que tenho de que a senhora saiba em que estou<br />

pensando. Dê­me uma palavra que mostre que a senhora tem a pista dos meus<br />

pensamentos.<br />

— Testamento.<br />

— Na verdade, um testamento pelo qual eu seria beneficiado estava<br />

ameaçado de contestação. Eu desejava saber se a ameaça seria levada a efeito. A<br />

resposta recebida era correta”.<br />

Deve notar­se que Mr. Young, antes ou depois da sessão, não acreditava na<br />

manifestação dos Espíritos e que, certamente, depois dessa experiência, a<br />

assimilação de novos conhecimentos não depõe muito em favor de sua inteligência<br />

ou de sua capacidade.<br />

A seguinte carta de Mr. John Malcolm, de Clifton, Bristol, publicada em<br />

The Spiritualist, menciona como são os assistentes pessoais muito conhecidos.<br />

Discutindo a questão levantada: onde teria sido realizada a primeira sessão na<br />

Inglaterra e quem a teria assistido, diz ele: “Não me lembro da data; mas, visitando<br />

a minha amiga Mrs. Crowe, autora de “The Night Side of Natitre” 30 esta me<br />

convidou para acompanhá­la a uma sessão espírita em casa de Mrs. Hayden, em<br />

Queen Anne Street, Cavendish Square. Informou­me que Mrs. Hayden acabava de<br />

chegar da América para exibir os fenômenos espíritas ao povo da Inglaterra, que<br />

deveria interessar­se pelo assunto. Estavam presentes Mrs. Crowe, Mrs. Milner<br />

Gibson, Mr. Collej Grattan, autor de “High Ways and Bye Ways” 31 , Mr. Robert<br />

Chambers, Doutor Daniel, Doutor Samuel Dickson e muitos outros cujos nomes não<br />

ouvi. Algumas manifestações notabilíssimas ocorreram nessa ocasião.<br />

Posteriormente tive oportunidade de visitar Mrs. Hayden e, con quanto de início<br />

inclinado a duvidar da autenticidade dos fenômenos, tive prova tão evidente da<br />

comunicação dos Espíritos que me tornei um firme crente nessa verdade”.<br />

Na imprensa inglesa desencadeou­se furiosa luta. Pelas colunas do jornal<br />

londrino Critic, Mr. Henry Spicer, autor de “Sights and Sounds” 32 , respondia às<br />

críticas do Household Worlds, do Leader e do Zoist. Seguiu­se no mesmo jornal<br />

uma longa contribuição de um clérigo de Cambridge, que usava as iniciais M. A., e<br />

que era admitido como sendo o Reverendo A. W. Hobson, do St. John’s College, de<br />

Cambridge.<br />

A descrição desse cavalheiro é forte e expressiva, mas demasiadamente<br />

longa para ser transcrita. A questão é de alguma importância, na opinião do autor,<br />

por se tratar do primeiro clérigo inglês interessado no assunto. É estranho e, talvez,<br />

característico da época, quão pouco as conseqüências religiosas chocaram os vários<br />

30 “O Lado Obscuro da Natureza”. — N. do T.<br />

31 “Estradas reais e caminhos secretos” — N. do T.<br />

32 “Visões e ruídos” — N. do T.

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