17.11.2018 Views

A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

23 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

reconhecer­se que ele não procurou servir a um partido, mas à comunidade britânica.<br />

E o fez com honestidade e com elegância. É assim que, em defesa do Exército<br />

Britânico na África do Sul, publicou em 1900 “The Great Boer War” e, dois anos<br />

depois, um estudo mais minucioso dessa guerra, intitulado “The War in South<br />

Africa; its Causes and Conduct”.<br />

Durante a primeira Grande Guerra sua pena esteve ao serviço dos Aliados.<br />

Escreveu abundantemente. Entre outros trabalhos, largamente traduzidos, podemos<br />

citar “Cause and Conduct of the World War”, que logrou traduções em doze línguas.<br />

Suas preocupações pelas colônias inglesas não eram do tipo das de um<br />

agente do governo, mas das de um pensador de raça. Iniciando­se nesse gênero com<br />

a guerra dos boers, pode a rigor dizer­se que aqueles dois livros pouco antes citados<br />

foram precedidos por “The Tragedy of the Korosko”, em 1898, que é uma pequena<br />

história do Sudão anglo­egípcio e “The Green Flag”, que versa ainda assuntos<br />

africanos.<br />

Neste grupo se inclui uma obra lançada em 1906, considerada a sua obraprima<br />

— “Sir Nigel.”<br />

Como obras menores e de temas variados — todas, porém, defendendo uma<br />

tese de subido interesse, podem citar­se, cronologicamente, a partir de 1894, até<br />

1912, as seguintes: “Round the Red Lamp”, The Stark Mumro Letters”, “A Duet<br />

with an Occasional Chorus”, “Tlironglt the Magic Door”, “A Modern Morality<br />

Plity”, “The Crime of the Congo”, “Songs of tire Rüad” e “Tire Last World”.<br />

Entre as suas últimas obras uma se conta, de grande importância e que<br />

alcança seis volumes, publicados entre 1915 e 1920: “History of the Britislr<br />

Compaign in France and Flanders” e que representa a sua última contribuição para a<br />

sua terra e para a sua gente no setor político propriamente dito.<br />

*<br />

É que, a essa altura, grandes médiuns ingleses, americanos e da Europa<br />

continental haviam chamado a atenção de conspícuas figuras do mundo científico<br />

inglês. Os fenômenos que em inglês se diziam do neo­espiritismo provocavam<br />

estudos e polêmicas, entusiasmos e revoltas. Em 1882, fundara­se, em razão disto, a<br />

Society for Psychical Research; os nomes mais brilhantes dos céus da ciência se<br />

haviam ligado a essa criteriosa organização que, se críticas merece, certamente é por<br />

sua teimosia em não querer reconhecer numa fenomenologia amplíssima e<br />

constatada sob os mais rigorosos métodos de ensaio, que a geratriz de tantos<br />

fenômenos eram os Espíritos dos mortos e, por vezes também, os Espíritos dos<br />

vivos.<br />

— Que nomes prestigiavam a SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH?<br />

— Os mais brilhantes, com efeito, entre outras notabilidades, o Professor<br />

Sidgwick, Sir William Crookes, F. W. H. Myers, Frank Podmore, Professor Jomes<br />

H. Hyslop, Doutor R. Hodgson, Professor Charks Richet, Sir Oliver Lodge,<br />

Professor C. G. Jung, Sir William Barrett, Doutor Gustave Geley, Doutor Edmund<br />

Gurney, Professor Von Schrenck­Notzing, Professor Henry Bergson e tantos outros,<br />

muitos dos quais eram membros da Sociedade Real e da Academia Francesa, vale<br />

dizer, portadores das mais altas distinções honoríficas.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!