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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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347 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

APÊNDICE 6<br />

NOTAS AO CAPÍTULO 25<br />

ESCRITA AUTOMÁTICA<br />

DE MR. WALES<br />

Mr. Wales escreve o seguinte ao autor: “Penso que nada existia em minha<br />

leitura anterior que pudesse ser tomado como coincidência. Com certeza eu nada<br />

havia lido daquilo que o senhor havia publicado sobre o assunto e, de propósito<br />

tinha evitado o ‘Raymond’ e outros livros semelhantes, a fim de não viciar os meus<br />

próprios resultados; e os ‘Preceedings’ da SOCIETY FOR PSYCHICAL<br />

RESEARCH, que então havia lido, não tocam, como o senhor sabe, nas condições<br />

post­mortem. De qualquer modo eu obtive, em várias ocasiões, constatações,<br />

mostradas em minhas notas de então. de que, na presente existência, há corpos que,<br />

embora imperceptíveis pelos nossos sentidos, são para eles próprios tão sólidos<br />

quanto os nossos para nós; que tais corpos se baseiam nas características gerais<br />

dos nossos corpos atuais, porém mais embelezados; que não têm idade, nem<br />

sofrimento, nem riqueza, nem pobreza; que se vestem e se alimentam; que não<br />

dormem, muito embora ocasionalmente, e de passagem, se refiram a um estado<br />

semiconsciente a que chamam ‘jazer adormecido’ — uma condição que justamente<br />

ocorre comigo e que me parece corresponder mais ou menos ao estado de hipnose;<br />

que, após um período geralmente mais curto do que o tempo médio de vida, eles<br />

passam a um outro estado de existência; que agentes de ideias, gostos e sentimentos<br />

similares gravitam em grupos; que os casais não se reúnem necessariamente, mas<br />

que o amor do homem e da mulher continua e é liberto dos elementos que entre nós<br />

geralmente militam contra a sua perfeita realização; que imediatamente depois da<br />

morte a gente passa por um estado de repouso semiconsciente, que dura vários<br />

períodos; que não podem sofrer dores corporais, mas são susceptíveis, por vezes, de<br />

alguma ansiedade mental; que uma morte dolorosa é ‘absolutamente<br />

desconhecida’, que as ideias religiosas nenhuma influência têm no estado posterior<br />

e que, além disso, sua vida é intensamente feliz e que ninguém pensa em voltar aqui.<br />

Não tive indicações para o ‘trabalho’, no sentido exato do vocábulo, mas para<br />

muito dos múltiplos interesses que, diziam, os preocupavam. Provavelmente isto é<br />

uma outra maneira de exprimir a mesma coisa. ‘Trabalho’, entre nós, geralmente<br />

significa ‘luta pela vida’ e isto, segundo fui enfàticamente informado, não era o seu<br />

caso — pois todas as necessidades da vida são, de certo modo, misteriosamente<br />

‘providas’. Também não obtive referências a um definido ‘estado temporário de<br />

condenação’, mas aprendi que ali a gente começa no ponto de desenvolvimento<br />

intelectual e moral em que partimos daqui. E desde que seu estado de felicidade era<br />

baseado principalmente na simpatia, aqueles que passaram em baixa condição<br />

moral ficam muito tempo sem capacidade para a apreciar e a desfrutar.”

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