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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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257 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

tempo começaram a aparecer pontos luminosos em seus negativos e como<br />

aumentavam sempre, ameaçavam destruir o seu negócio. Jamais tinha ouvido falar<br />

de fotografia de Espíritos, até que uma senhora lhe sugeriu isto como possível<br />

explicação. Experimentando com ela apareceram rostos nas chapas nos pontos<br />

iluminados. Daí por diante esses rostos apareciam com tanta frequência com outros<br />

assistentes que ele se viu obrigado a deixar o negócio comum e devotar­se à<br />

fotografia de Espíritos. Mas então defrontou novas dificuldades. Foi acusado de<br />

obter fraudulentamente esses resultados e isso o feriu tanto que tentou ganhar a vida<br />

de outra maneira, mas sem resultado. Teve que voltar àquele trabalho como<br />

médium­fotógrafo, como era chamado. A 27 de novembro de 1900 uma comissão da<br />

Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Pasadena fez uma investigação com ele em Los<br />

Angeles. Foram respondidas as seguintes perguntas por Wyllie. Aqui as<br />

transcrevemos por serem de interesse histórico.<br />

Pergunta: — O Senhor anuncia ou promete fotografar rostos de Espíritos<br />

ou alguma coisa parecida e fora do comum aos seus fregueses?<br />

Resposta: — Absolutamente. Não garanto nem prometo coisa alguma.<br />

Não tenho controle sobre isto. Apenas cobro o meu tempo e o material, como<br />

podem ver pelo quadro que está ali na parede. Cobro um dólar por sessão. E se a<br />

primeira não for satisfatória, faço uma segunda tentativa sem mais despesas.<br />

Pergunta: — Por vezes deixa de obter algo de extraordinário?<br />

Resposta: — Oh! Sim, muitas vezes. Sábado passado, trabalhando à noite,<br />

fiz cinco sessões e nada obtive.<br />

Pergunta: — Em que proporção são essas falhas?<br />

Resposta: — Diria que num dia comum de trabalho a média é de três a<br />

quatro falhas — dias mais, dias menos.<br />

Pergunta: — Em que proporção avalia que os rostos “extras” que<br />

aparecem são reconhecidos pelos assistentes ou por seus amigos?<br />

Resposta: — Durante alguns meses do ano passado eu fazia um registro<br />

desse ponto e achei que em cerca de dois têrços um ou mais rostos extras eram<br />

reconhecidos. Às vezes havia apenas uma face extra; outras vezes cinco ou seis, ou<br />

mesmo oito e eu não podia fazer um registro delas, mas apenas do número total de<br />

sessões, como se vê em meu livro de notas.<br />

Pergunta: — Quando uma sessão é feita o senhor conhece, como<br />

sensitivo, se há ou não extras na chapa?<br />

Resposta: — Às vezes eu vejo luzes em volta do assistente e então tenho<br />

certeza de que haverá algo para ele ou para ela; mas não sei exatamente o que<br />

será, assim como os senhores não sabem. Não sei o que é enquanto não o vejo na<br />

chapa revelada, fixada e examinada à luz.<br />

Pergunta: — Quando um assistente deseja fortemente que um<br />

determinado amigo desencarnado apareça na chapa é mais provável obter<br />

resultado?<br />

Resposta: — Não. Um forte estado de tensão mental, ou de desejo, quer<br />

seja de ansiedade ou de antagonismo, torna mais difícil para o Espírito o emprego<br />

do magnetismo do assistente a fim de produzir a manifestação; de modo que é<br />

menos provável que, então, apareça um extra na chapa. Uma condição repousante,<br />

passiva e à vontade é mais favorável aos bons resultados.<br />

Pergunta: — Os Espíritas conseguem melhores resultados que os<br />

descrentes?<br />

Resposta: — Não. Alguns dos melhores resultados que jamais obtive<br />

ocorreram quando a cadeira era ocupada por gente muito céptica.

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