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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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129 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

lei, se não fosse tão profundamente contrário a qualquer referência às forças<br />

psíquicas, que, no seu modo de ver, eram manifestamente absurdas e ainda eram<br />

sustentadas pela defesa em sua cara, na sua própria Corte de Chancery. Até os piores<br />

inimigos de Home foram forçados a admitir que o fato de haver ele retido o dinheiro<br />

na Inglaterra, em vez de o depositar em lugar onde não pudesse ser requisitado,<br />

prova as suas intenções honestas no mais infortunado episódio de sua vida.<br />

Não há notícia de que tenha ele perdido a amizade de um só dos homens de<br />

honra, que o tinham como amigos, por causa das maquinações de Mrs. Lyon. Os<br />

próprios motivos dessa senhora eram óbvios. Como todos os documentos estavam<br />

em ordem, seu único caminho para recuperar o dinheiro foi acusar Home de<br />

extorsão por meio de simulação; e ela era bastante esperta para saber que chance<br />

teria um médium — mesmo um médium amador e que não se fazia pagar — na<br />

ignorante e material atmosfera de uma corte de justiça do período médio­vitoriano.<br />

Ah! Omitamos esse médio­vitoriano e a verificação é a mesma.<br />

As faculdades de Home foram atestadas por tantos e tão famosos<br />

observadores e foram mostradas sob condições tão francas que nenhum homem<br />

razoável poderá pô­las em dúvida.<br />

Só a prova de Crookes é conclusiva. 44<br />

Há também, o notável livro, recentemente reeditado, no qual Lord<br />

Dunraven conta a história de sua mocidade em ligação com Home.<br />

Mas, de lado estes, entre aqueles que na Inglaterra investigaram nos<br />

primeiros anos e cujo testemunho público ou cartas a Home mostram que não só<br />

estavam convencidos dos fenômenos, mas também de sua origem espiritual,<br />

devemos mencionar a Duquesa de Sutherland, Lady Shelley, Lady Gomm, o Doutor<br />

Robert Chambers, Lady Otway, Miss Catherine Sinclair, Mrs. Milner Gibson, Mr. e<br />

Mrs. William Howitt, Mrs. De Burgh, o Doutor Gully (of Malvern), Sir Charles<br />

Micholson, Lady Dunsany, Sir Daniel Cooper, Mrs. Adelaide Senior, Mr. e Mrs. 5.<br />

C. Hall, Mrs. Macdougall Gregory, Mr. Pickersgill, R. A., Mr. E. L. Blanchard e Mr.<br />

Robert Bell.<br />

Outros que chegaram a admitir que a teoria da impostura era insuficiente<br />

para explicar os fenômenos foram: Mr. Ruskin, Mr. Thackeray (então redator do<br />

Cornhill Magazine), Mr. John Bright, Lord Dufferin, Sir Edwin Arnold, Mr.<br />

Heaphy, Mr. Durham (escultor), Mr. Nassau Senior, Lord Lyndhurst, Mr. J.<br />

Hutchinson (ex­secretário da Bôlsa) e o Doutor Lockhart Robertson.<br />

Tais foram as testemunhas e tal o seu trabalho. E ainda quando a sua vida<br />

utilíssima e altruísta chegava a seu fim, deve ser lembrado, para eterna vergonha da<br />

Imprensa Britânica, que dificilmente se encontra um jornal que não se referisse a ele<br />

como um impostor e um charlatão. Contudo chega o momento em que ele será<br />

reconhecido pelo que realmente foi — um dos pioneiros do lento e árduo avanço da<br />

Humanidade na selva da ignorância, que tanto a retardou.<br />

44<br />

“Researches in the Phenomena of Spiritualism, e SOCIETY FOR<br />

PSYCHICAL RESEARCH Proceedings, volume 6º, página 98

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