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A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

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217 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

17<br />

A Sociedade de Pesquisas Psíquicas<br />

Q<br />

ualquer descrição minuciosa das atividades da Sociedade de Pesquisas<br />

Psíquicas, cem seu registro estranhamente misturado de utilidades e de<br />

obstruções, estaria fora de lugar neste volume. Há alguns pontos, entretanto,<br />

que devem ser focalizados e alguns casos que deveriam ser discutidos. Em certo<br />

sentido o trabalho da sociedade foi excelente; mas desde o começo ela cometeu o<br />

erro capital de assumir um certo ar carrancudo contra o Espiritismo, o que teve<br />

como efeito alienar um certo número de homens que poderiam ter sido valiosos em<br />

seu conselho e, acima de tudo, de ofender àqueles médiuns, sem cuja boa vontade de<br />

cooperação, o trabalho da sociedade não se teria fanado. Atualmente a sociedade<br />

possui uma excelente sala de sessões, mas a dificuldade está em persuadir qualquer<br />

médium a entrar ali.<br />

É o que tinha de acontecer, pois tanto o médium quanto a causa que este<br />

representa se acham em perigo, quando hipóteses vesgas e acusações injuriosas são<br />

feitas tão levianamente quanto no passado. A pesquisa psíquica deveria mostrar<br />

algum respeito pelos sentimentos e pelas opiniões dos Espíritos, pois é bem certo<br />

que sem estes aquela não existiria.<br />

Entre as irritações daquilo que consideram como crítica ofensiva, os<br />

Espíritas não deveriam esquecer que, em várias ocasiões, a sociedade fez excelentes<br />

trabalhos. Assim, foi a matriz de outras sociedades que se tornaram mais ativas que<br />

ela. Ela também produziu, tanto em Londres, quanto nas suas ramificações na<br />

América, um certo número de homens que acompanharam as provas e se tornaram<br />

sinceros defensores do ponto de vista espírita.<br />

Na verdade pode, sem favor, dizer­se que todos os grandes homens, os<br />

homens que deram mostras de poderosa mentalidade, em setores diversos e deste<br />

assunto particular, adotaram a explicação psíquica. Sir William Crookes, Sir Oliver<br />

Lodge, Russell Wallace, Lord Rayieigh, Sir William Barrett, Professor William<br />

James, Professor Hyslop, Doutor Richard Hodgson e Mr. F. W. H. Myers estavam<br />

todos, em graus diversos, do lado dos anjos. Houve antes uma sociedade com<br />

idênticos objetivos — a Sociedade Psicológica da Grã­Bretanha — fundada em<br />

1875 por Mr. Serjeant Cox. Com a morte desse cavalheiro em 1879, a sociedade se<br />

dissolveu. A 6 de janeiro de 1882 foi feita uma reunião, por iniciativa de Sir William<br />

Barrett, para considerar a formação de uma sociedade nova e a 20 de fevereiro<br />

seguinte foi esta instalada. Foi eleito presidente o Professor Henry Sidgwick, de<br />

Cambridge, e entre os vice­presidentes estava o Reverendo Stainton Moses. O<br />

conselho contava com representantes espíritas, entre os quais Mr. Edmund Dawson<br />

Rogers Mr. Hensieigh Wedgewood, Doutor George Wild, Mr. Alexander Caider e<br />

Mr. Moreli Theobald. No correr do exame de sua história veremos como a Society<br />

for Psychical Research alienou gradualmente as simpatias desses membros e levou

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