17.11.2018 Views

A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO Conan Doyle

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

71 – <strong>HISTÓRIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>ESPIRITISMO</strong><br />

“Por essas razões eu a preveni para que não participasse de sessões no<br />

escuro, evitasse a irritação proveniente da suspeita dos cépticos, dos simples<br />

curiosos e dos apreciadores do maravilhoso.<br />

“A perfeição das manifestações que se podem obter por seu intermédio<br />

depende do seu ambiente e, na medida de sua relação ou simpatia com os outros,<br />

parece receber a força espiritual. As comunicações por seu intermédio são muito<br />

notáveis e me têm chegado com frequência de minha esposa (Estelle) em perfeito<br />

francês, e às vezes em espanhol e italiano, muito embora ela desconheça esses<br />

idiomas. Você compreende isto; mas essas explicações serão necessárias para<br />

outros. Como disse, ela não fará sessões como profissional. Assim espero que ela<br />

fará todo o bem possível em favor da grande verdade de um modo suave, enquanto<br />

se encontra na Inglaterra”.<br />

Mr. Coleman, que tinha estado numa sessão com ela em Nova Iorque, disse<br />

haver recebido uma das maiores provas de identidade de Espírito jamais verificada<br />

em sua experiência de dezessete anos. Mr. Cromwell F. Varley, o eletricista que<br />

lançou o cabo submarino do Atlântico, em sua prova perante a Sociedade Dialética<br />

de Londres, em 1869, falou de interessantes experiências sobre eletricidade, que ele<br />

realizou com esse médium.<br />

A visita de Kate Fox à Inglaterra evidentemente foi considerada como uma<br />

missão, pois encontramos Mr. Coleman aconselhando­a a admitir apenas como<br />

assistentes pessoas que não temessem a publicação de seus nomes como<br />

testemunhas de fatos a que tivessem presenciado. Esse critério parece ter sido<br />

adotado até certo ponto, pois foram conservados muitos testemunhos de suas<br />

faculdades, entre outras pessoas, do Professor William Crookes, de Mr. S. C. Hall,<br />

de Mr. W. H. Harrison, editor do The Spiritmtalist, de Miss Rosamund Dale Owen,<br />

posteriormente esposa de Laurence Oliphant, e do Reverendo John Page<br />

Hopáginass.<br />

A recém­chegada iniciou suas sessões logo depois de seu desembarque.<br />

Numa das primeiras, a 24 de novembro de 1871, um representante de The Times<br />

esteve presente e publicou um relato da sessão, realizada em conjunto com D. D.<br />

Home, grande amigo do médium. Isto se lê num artigo sob o título “Espiritismo e<br />

Ciência”, que ocupou três colunas e meia em tipo saliente. O representante de The<br />

Timnes diz que Miss Fox o levou até a porta da sala, convidou­o a ficar de pé a seu<br />

lado e segurar­lhe as mãos, o que ele fez, “quando foram ouvidos fortes golpes, que<br />

pareciam vir das paredes e como se fossem dados com os punhos. Os golpes eram<br />

repetidos, a pedido nosso, qualquer número de vezes”. Contou haver experimentado<br />

todos os ensaios de que se havia lembrado e que tanto Miss Fox quanto Mr. Home<br />

lhe haviam dado todas as oportunidades para exame e que os seus pés e suas mãos<br />

estavam presos.<br />

Num artigo de fundo sobre o relatório acima referido e numa<br />

correspondência decorrente, o Times de 6 de janeiro de 1873 declarou que não era o<br />

caso para um inquérito científico:<br />

“Muitos leitores sensíveis, segundo pensamos, julgarão que lhes devemos<br />

uma satisfação por termos aberto as nossas colunas a uma controvérsia para um<br />

assunto como é o Espiritismo, assim o considerando como uma questão aberta ou<br />

suscetível de discussão, e que esta deveria antes ser relegada como uma impostura<br />

ou como uma ilusão. Entretanto, mesmo uma impostura deve reclamar um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!