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Revista de Letras - Utad

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Os modos verbais nas gramáticas latino-portuguesas 1392.1.6. PermissivoO modus permißivus, seu Conceßiuus (Álvares 1974: fols. 30 v - 32 r)possui no latim as mesmas formas que o potencial e não tem, <strong>de</strong> modosemelhante, nenhuma partícula introdutória. O gramático indica como formascorrespon<strong>de</strong>ntes portuguesas as conjuntivas com as introduções mas que edoulhe:Amem.Amarem.Ame: mas que ame, doulhe que ame.Amara: mas que amara, doulhe que amara (Álvares 1974: fol. 30 v).Em complemento do futuro amavero (traduzido por «Ora doulhe que venhaeu, ou chegue a amar»), Álvares (1974: fol. 31 r) ainda introduz um tempo, que<strong>de</strong>nomina ‘Futurum aliter’, com as seguintes formas:Amaueris.Iá que aßi he, ama embora, faze tua vonta<strong>de</strong> (Álvares 1974: fol. 31 r).2.1.7. InfinitivoPara o infinitivo, Álvares (1974: fols. 32 r - 32 v) indica as formas amarepara o presente e o imperfeito, amauisse para o perfeito e mais-que-perfeito eamaturum, am, um esse para o futuro. É <strong>de</strong> notar que o ‘Modus infinitus’ aindainclui os gerúndios (‘GERVNDIA’, com as formas amandi, amando eamandum) e os supinos (‘SVPINA’, com as formas amatum e amatu).Evi<strong>de</strong>ncia-se, porém, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo que Álvares não consegue manter-se fiel à<strong>de</strong>finição do modo sem pessoa e número <strong>de</strong>ntro das traduções portuguesas:Infiniti modi tempus præsens. Amare, Amar, ou Que amo, amas, ama, amamos, amais, amam.Præteritum imperfectum,Amare, Amar, ou Que amaua, amauas, amaua, amauamos, amaueis, amauam.Præteritum perfectum,Amauisse, Ter amado, ou Que amey, amastes, amou, amamos, amastes, amarãPlusquam perfectum.Amauisse, Ter amado, ou Que amara, amaras, amara, amaramos, amareis, amaram(Álvares 1974: fol. 32 r).Amaturum, am, um esseFVTVRVM.Que ey <strong>de</strong> amar, has, ha, auemos, aueys, ham <strong>de</strong> amar.ou que amarey, amaras, amara, &c. (Álvares 1974: fol. 32 v).A categoria do ‘infinitivo’, que originalmente tinha sido <strong>de</strong>finida segundoo critério morfológico, passa a ser reinterpretada para o português emconformida<strong>de</strong> com a sua função sintática no latim, como ‘modo da oraçãosubordinada a seguir a <strong>de</strong>terminados verbos’ que no latim costumam trazerconsigo construções infinitivas:

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