12.07.2015 Views

Revista de Letras - Utad

Revista de Letras - Utad

Revista de Letras - Utad

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

256 Carla Sofia Gomes Xavier Luís e Alexandre António da Costa Luísinformativo em redor <strong>de</strong> cada palavra, traçando o trajecto evolutivo das unida<strong>de</strong>slexicais, entre outras concretizações, ajudam a justificar o tríptico “o filólogo, ohistoriador da palavra e o operário da língua portuguesa” atribuído por Azevedoe Silva ao ilustre arcozelense (Silva 2010: 44). E, “na sua cruzada em prol dalíngua portuguesa em geral e da linguagem técnica e científica em particular, assuas i<strong>de</strong>ias e posições tiveram uma aceitação favorável e muitas vezes atéencomiástica” (Silva 2010: 61). Adite-se, ao que acabámos <strong>de</strong> enunciar, não só aargúcia psicológica e solidarieda<strong>de</strong> profissional no âmbito da <strong>de</strong>scoberta/auxílioprestado a novos valores científicos do campo das <strong>Letras</strong>, bem como oreconhecimento, pelos seus estudiosos 7 , das qualida<strong>de</strong>s da frontalida<strong>de</strong>,geradora, não obstante, <strong>de</strong> algumas polémicas, e da honestida<strong>de</strong> intelectual.Todos estes ingredientes fazem <strong>de</strong> Inês Louro, para além <strong>de</strong> um insigne filólogoe acérrimo <strong>de</strong>fensor da língua e cultura portuguesas, um ser humano interessante<strong>de</strong> perscrutar.Felizmente, apesar do adormecimento da memória <strong>de</strong>ste cultor das línguasclássicas e lusa, nem tudo se per<strong>de</strong>u, pois “é, sem dúvida, na sua obra que resi<strong>de</strong>o gran<strong>de</strong> reservatório da sua memória” (Silva 2010: 84). No fundo, estapersonagem, num tempo on<strong>de</strong> vinga a tirania da cultura do belo, do efémero, dafama e, principalmente, do facilitismo, constitui um nobre exemplo, para asgerações presentes e vindouras, <strong>de</strong> luta e <strong>de</strong> coragem em prol do genuíno amor àciência e ao seu país. Por tudo quanto foi dito, é perfeitamente compreensível a<strong>de</strong>dicatória inscrita na separata que Azevedo e Silva gentilmente nos ofertou eque reza o seguinte: “grato pela leitura e pela divulgação a bem da nossalinguagem” (Silva s.d.: contracapa).Quanto a Mário Cláudio, consagrado escritor contemporâneo, alberga umaprodução textual, por sinal <strong>de</strong> apreciável extensão, contemplando os maisdistintos géneros, como a poesia, o romance, o teatro, o conto, a crónica, anovela, a literatura infantil, o ensaio, a biografia, consi<strong>de</strong>rada por Carlos Reis“uma das mais consistentes, continuadas e coerentes obras ficcionais que nosúltimos 20 anos entre nós se manifestou” (Reis 2005: 24). O citado romancistaconta já na sua galeria pessoal, fruto do valioso contributo para a língua e culturaportuguesas, com a relevante con<strong>de</strong>coração da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Santiago <strong>de</strong> Espada ecom uma vasta panóplia <strong>de</strong> prémios, <strong>de</strong> entre os quais <strong>de</strong>stacamos o Prémio APE<strong>de</strong> Romance e Novela em 1984, o Gran<strong>de</strong> Prémio da Associação Portuguesa <strong>de</strong>Escritores (1985), o Prémio Eça <strong>de</strong> Queirós, o Prémio <strong>de</strong> Crónica daAssociação Portuguesa <strong>de</strong> Escritores (2001), o Prémio Pessoa <strong>de</strong> 2004, oPrémio Vergílio Ferreira 2008, o Prémio Literário Fernando Namora <strong>de</strong> 2009.7 São várias as situações que atestam a sua honestida<strong>de</strong> intelectual e frontalida<strong>de</strong>. Azevedo e Silvaexpõe alguns exemplos sugestivos (Silva 2010: 60-66).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!