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Revista de Letras - Utad

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As Gazetas: o nascimento do jornalismo mo<strong>de</strong>rnoe a expansão <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo informativo pela EuropaSusana FontesUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Dourosfontes@utad.ptResumoNo <strong>de</strong>albar da centúria seiscentista surgia um novo formato informativo que seesten<strong>de</strong>u por toda a Europa. Depois <strong>de</strong> várias estruturas pré-jornalísticas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aantiguida<strong>de</strong> clássica até ao renascimento, as gazetas assumiam-se como os primeirosjornais europeus. Neste artigo preten<strong>de</strong>mos relembrar os principais antepassadosjornalísticos e <strong>de</strong>stacar o nascimento do jornalismo mo<strong>de</strong>rno europeu, através dosurgimento dos primeiros periódicos verda<strong>de</strong>iramente jornalísticos, as “gazetas”. Opioneirismo francês na criação <strong>de</strong>ste novo formato informativo permite-lhe ocupar umlugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque assumindo-se como mo<strong>de</strong>lo a seguir pela maioria das monarquiasabsolutas europeias. Os outros regimes mais liberais, como o holandês e o sueco,adoptam como mo<strong>de</strong>lo o jornalismo inglês que foi o primeiro a garantir e a valorizar aliberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa e a apresentar um jornalismo inovador, só ultrapassado, maistar<strong>de</strong>, pelo êxito americano.O primeiro problema que o historiador da comunicação enfrenta diz respeitoà origem do fenómeno jornalístico, tema que não tem sido consensual entre osteóricos. Neste sentido, segundo Alejandro Pizarroso Quintero (cf. 1996: 8-11),po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar a existência <strong>de</strong> três teorias:1) A primeira situa a génese do fenómeno jornalístico na Antiguida<strong>de</strong>, umavez que o homem precisava <strong>de</strong> comunicar e, por isso, sentiu necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>criar uma re<strong>de</strong> organizada e regular <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> informações úteis para o seuquotidiano. O homem é, indubitavelmente, um ser social e a condição <strong>de</strong>ssasociabilida<strong>de</strong> implica um intercâmbio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, experiências e informaçõesentre os homens.2) O segundo grupo faz coincidir a origem do jornalismo com o nascimentoe <strong>de</strong>senvolvimento da impressão na Europa, ligada também à noçãoemergente <strong>de</strong> periodicida<strong>de</strong>, cujo antece<strong>de</strong>nte fundamental foram as notíciasmanuscritas da Baixa Ida<strong>de</strong> Média, que acabaram por coexistir com asnotícias impressas até ao século XVIII._______________________________________________<strong>Revista</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, II, n.º 9 (2010), 333-345.

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