12.07.2015 Views

Revista de Letras - Utad

Revista de Letras - Utad

Revista de Letras - Utad

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Yerbas i árboles <strong>de</strong> la Tierra <strong>de</strong> Miranda 29L’auga, l’aire i la bargonha éran armanas. Un die, cada ua fui pu lmundo i <strong>de</strong>zírun cada ua assi. Diç l’auga: You se me pardir stou a la bordad’ua junqueira. L l’aire diç: you se me pardir stou nun folharanço (a lapunta <strong>de</strong> riba d’un albarino). I la bargonha diç: you se me pardir nuncamais me ancuntrais.Segundo Machado (1990) a árvore recebe o nome choupo do latim *popplupor popùlus. O termo albarino, que consta aliás da sua <strong>de</strong>signação científica,refere-se ao facto <strong>de</strong> a parte inferior das suas folhas ser branca, <strong>de</strong>rivando porisso do termo alba (do latim, branco).Quanto à <strong>de</strong>signação folharanço parece-nos que ela está claramenterelacionada com o facto, relatado na história acabada <strong>de</strong> contar, <strong>de</strong> as suas folhasestarem, ou aparentarem estar, sempre em movimento, sensíveis à mais pequenabrisa.Tradicionalmente a sua ma<strong>de</strong>ira era utilizada na construção, mas também,<strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong> ser macia e fácil <strong>de</strong> trabalhar, na elaboração <strong>de</strong> pequenosutensílios <strong>de</strong> cozinha, entre outros.Campaninas, Narcissus bulbocodiumA campanina é uma planta da família das Amarilidáceas, com floresamarelas em trombeta com o perianto por vezes tingido <strong>de</strong> ver<strong>de</strong>. Espécieconsi<strong>de</strong>rada como mensageira da Primavera, nasce nos lameiros e serve, a par doromeiro (Rosmarinus officinalis), para enfeitar os ramos do Domingo <strong>de</strong> Ramos.Tem também um pequeno bolbo que, tal como os pies <strong>de</strong> burro, po<strong>de</strong> sercomido pelos humanos. Tal como a forma portuguesa provém (e é igual) à formalatina campanina, conservando os -n- intervocálicosCemacre, cemaque, Rhus coriariaEste arbusto, da família das Anacardiáceas, cuja casca e folha fornecemtanino, utilizava-se para tenhir l pardo, cozido nua cal<strong>de</strong>ira cun caparrosa(tingir o pardo, cozido numa cal<strong>de</strong>ira com caparrosa). Outrora po<strong>de</strong>rá ter sidocultivado, mas hoje encontra-se geralmente no estado selvagem nas arribas doDouro. As suas folhas taníferas foram também outrora muito usadas, apóssecagem, no curtume <strong>de</strong> peles e <strong>de</strong> couro.Na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sendim encontrarmos justamente o topónimo Eiras <strong>de</strong>lcemaque local on<strong>de</strong>, outrora, se realizou esta activida<strong>de</strong>. A própria forma,cemaque, <strong>de</strong>ve ser um castelhanismo (cf. castelhano zumaque).Faleito, Osmunda regalisOs faleitos crescem junto dos cursos <strong>de</strong> águas, em pequenas <strong>de</strong>pressões doterreno on<strong>de</strong> se acumula mais humida<strong>de</strong> e também à sombra <strong>de</strong> algumas árvores<strong>de</strong> maior porte. Tradicionalmente eram cortados e serviam para a “cama” dosanimais, nomeadamente os porcos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!