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Revista de Letras - Utad

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A História n’ “A Inaudita Guerra” <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Carvalho 323consi<strong>de</strong>rou todas aquelas aparições <strong>de</strong> mau agoiro, pouco propiciadoras <strong>de</strong>investidas felizes contra Lisboa, e <strong>de</strong>sistiu da cida<strong>de</strong>” (Carvalho 1992: 34-35).As crenças em forças ocultas, em artes mágicas e <strong>de</strong> feitiçaria era umarealida<strong>de</strong> nesta altura. Impunha-se como uma necessida<strong>de</strong> para explicar oinexplicável, resultante da ignorância científica.4. Século XX: os anos 80A narrativa ignora o gran<strong>de</strong> hiato no tempo da História, sobrepondo umacontecimento situado no século XII com outro ocorrido nos anos 80 do séculoXX, mais precisamente, a 29 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1984, <strong>de</strong>z anos após a “Revoluçãodos Cravos”.Acerca <strong>de</strong>ste passado recente existe um manancial <strong>de</strong> informação, sendodifícil seleccionar os dados que permitem, <strong>de</strong> forma muito resumida, dar umavisão <strong>de</strong>ste período. Apresentamos apenas duas notas. A primeira refere-se aoentusiasmo que por esta altura ainda vigorava pelas liberda<strong>de</strong>s, adquiridas pelo25 <strong>de</strong> Abril. A segunda é relativa às tensões políticas e económicas em que opaís estava mergulhado.Quanto à primeira, salientamos o facto <strong>de</strong> ainda estar muito presente namemória dos cidadãos a repressão vivida durante o período do Estado Novo e,<strong>de</strong>pois, a anarquia vivida logo após a Revolução, provocada pelos sucessivosgovernos, pelas nacionalizações, pela reforma agrária, pelas ocupações <strong>de</strong> casas,pelos movimentos estudantis, etc.Relativamente à segunda, António Telo resume estes anos da seguinteforma:Todo o período <strong>de</strong> 1974-1985 po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como navegação àvista no sentido em que os responsáveis respondiam aos estímulos que lheschegavam, procurando resolver as crises mais agudas, mas sem apreocupação <strong>de</strong> procurar uma alteração <strong>de</strong> fundo da economia, para alémdas nacionalizações feitas em 1975. (Telo 2008: 306)Um período marcado pela falta <strong>de</strong> respostas profundas e duradouras porparte dos responsáveis pela governação – que se limitam a respon<strong>de</strong>r a estímulosimediatistas – é um tempo <strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrédito no conceito <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong><strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> da(s) autorida<strong>de</strong>(s).4.1. A Actuação da PSPPSP é o nome por que vulgarmente é conhecida a Polícia <strong>de</strong> SegurançaPública. Esta força actua em diversas áreas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Prevenção (da criminalida<strong>de</strong>,do terrorismo e da segurança <strong>de</strong> pessoas e bens, em áreas não cobertaspela Polícia Judiciária), à Or<strong>de</strong>m Pública e à Polícia Administrativa

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