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Revista de Letras - Utad

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Literacia e mediação leitora: O ensino do Português LE no distrito <strong>de</strong> Castelo Branco 401Acreditamos que os textos <strong>de</strong> potencial recepção infantil permitem à criançaque chega a Portugal familiarizá-la com ferramentas comunicativas capazes <strong>de</strong>darem sentido às suas experiências pessoais e colectivas.Todas as culturas do mundo têm no conto infantil a sua expressão mais oumenos representativa. Neste cenário, a criança que apren<strong>de</strong> a língua estrangeira,ao ter acesso a actos <strong>de</strong> linguagem marcados pela indirecção e recusa <strong>de</strong>experiências semióticas já conhecidas e que, como nos diz Azevedo (2003), sesujeita a experiências leitoras no âmbito da literatura infantil, vai certamenteadquirindo o capital cultural dos lugares on<strong>de</strong>, a pouco e pouco, se vai inserindoe acomodando.Mediante o exposto, urge falar da formação <strong>de</strong> mediadores que Cerrillo(2004) caracteriza i<strong>de</strong>almente como sujeitos informados, cultos, tolerantes,capazes <strong>de</strong> guiarem o olhar das crianças através da cultura do material impressoe dos valores que esse material exibe, <strong>de</strong>ixando que os primeiros receptoresdaqueles textos construam individual e socialmente os seus significados.Rematamos com a opinião <strong>de</strong> Jacqueline Held (1987: 183) quando nos dizque através da escolha das obras <strong>de</strong> recepção infantil o mediador <strong>de</strong>ve ser capaz<strong>de</strong> emancipar o imaginário das crianças permitindo-lhes, ainda, o reencontrocom o lúdico e com todos as aspectos criativos que a linguagem tem para nosoferecer.Neste âmbito, as aulas <strong>de</strong>vem constituir-se como momentos <strong>de</strong> fruição eprazer, on<strong>de</strong> os sujeitos apren<strong>de</strong>ntes construam aprendizagens significativas emverda<strong>de</strong>iros ambientes <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Então, quais as questões que oprofessor <strong>de</strong>verá ter em conta quando planifica uma aula <strong>de</strong> língua estrangeira?Vejamos as que encontramos em Escobar (2004: 9):- Será que o tema da tarefa e da activida<strong>de</strong> gera um interesse real nosalunos?- A tarefa tem um propósito extralinguístico, percebido pelos alunos, quelhes <strong>de</strong>sperte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressar significados próprios?- A tarefa está <strong>de</strong>vidamente contextualizada no conjunto das activida<strong>de</strong>s quetêm lugar na sala <strong>de</strong> aula?- As orientações que o professor dá incitam os apren<strong>de</strong>ntes a centrarem-sena eficácia da transmissão da mensagem como principal critério <strong>de</strong>sucesso?- A tarefa facilita um discurso autêntico comparável ao gerado numasituação semelhante fora da sala <strong>de</strong> aula?Tendo em conta o QECR (2001: 136), um texto é <strong>de</strong>finido como qualquerreferência discursiva, oral ou escrita, que os utilizadores/apren<strong>de</strong>ntes recebem,produzem ou trocam. No caso das obras <strong>de</strong> potencial recepção infantil,adaptadas a um certo nível etário, estas <strong>de</strong>verão permitir ao apren<strong>de</strong>nte o

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