Revista de Letras - Utad

Escola e Leitura: transversalidade e interacçãoMaria da Graça SardinhaUniversidade da Beira Interiormggds@ubi.ptJoão MachadoInstituto Politécnico de Castelo Brancojoao.machado@ipcb.pt0. IntroduçãoNeste artigo, defendemos o desenvolvimento da capacidade leitora dossujeitos, numa escola em mudança, capaz da caminhar para a transversalidade.Entendemos que o modelo apresentado por Carneiro (2001: 130), chamado“modelo zap” se enquadra num encadeamento disciplinar já ultrapassado, com[…] Francês das oito às nove, Português das nove às dez, Ciências das dezàs onze – não tem nada a ver com a complexidade e a globalização da vidareal, onde tudo se joga ao mesmo tempo e onde se exigem competências desíntese para interpretar os problemas e descodificar as soluções.Efectivamente, este paradigma encontra-se actualmente desadequado, nãopodendo continuar a fazer parte de uma escola que já não se pretende estática,mas sim pluridimensional e multidimensional. Ora, tais entendimentos podemconstituir guias úteis para um ensino mais colectivo, sem compartimentações,onde se poderão englobar projectos comuns. Mas, trabalhar em conjunto,enquadrado no perfil de escola atrás referido, não se limita a construir relações edecisões colectivas.O ideal seria [pois] que todos os professores, pelo menos de umdeterminado ciclo, constituíssem entre si verdadeiras redes deintercomunicação – intra e interescolar – e se apoiassem mutuamente nareflexão, diálogo, debate e troca de opiniões, experiências, ansiedades…com o fim de melhorar as suas práticas pedagógicas e didácticas. (Couto2006: 251)_______________________________________________Revista de Letras, II, n.º 9 (2010), 405-412.