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Revista de Letras - Utad

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Caminhos-<strong>de</strong>-ferro em Trás-os-Montes no século XIX 291penetrando em Trás-os-Montes, pelo que em 1875-3-1 um grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>putadosligados por laços <strong>de</strong> sangue, razões eleitorais ou interesses económicos à região(dois <strong>de</strong>les eram fundadores da empresa exploradora das águas <strong>de</strong> Vidago)propõe a construção <strong>de</strong> uma linha entre a Régua e Chaves, passando por VilaReal. A fertilida<strong>de</strong> agrícola e intensa produção vinícola, a fama do gado doBarroso, a procura das termas <strong>de</strong> Pedras Salgadas e Vidago e o abandono a quetinha sido votado Trás-os-Montes eram razões no enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>stes parlamentarespara justificar a via. O diploma seria enviado às comissões parlamentares, mas<strong>de</strong> lá não sairia (DCD, 1875-3-1: 568-569).Mais a leste surgia também a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> construir uma via que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a linhado Douro e pelo vale do Sabor servisse o planalto <strong>de</strong> Miranda e as regiõesmineiras <strong>de</strong> Roboredo, Freixo <strong>de</strong> Espada à Cinta, Moncorvo, Santo Adrião eMogadouro, captasse o tráfego internacional <strong>de</strong> Zamora e pusesse termo aoisolamento transmontano. Enquanto se não <strong>de</strong>terminava a saída internacional dalinha do Douro, ainda houve a esperança <strong>de</strong> a linha do Sabor ser construída eservir esse fito (DCD, 1877-3-28: 823-826), mas a preferência por Barca <strong>de</strong>Alva <strong>de</strong>itou por terra, no imediato, quaisquer veleida<strong>de</strong>s existentes.Anos <strong>de</strong>pois, seria a ligação pelo Minho a ser posta em consi<strong>de</strong>ração. Em1879 a companhia do caminho-<strong>de</strong>-ferro do Porto à Póvoa e Famalicão propõe-sea continuar a sua linha por Trás-os-Montes até Chaves, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> inflectia para sulaté à Régua, mediante garantia <strong>de</strong> juro (Oliveira 1979: 7). O projecto seriaapresentado na Câmara dos <strong>de</strong>putados em 1879-3-24 e teria parecer favoráveldas Comissões <strong>de</strong> Obras Públicas e Fazenda (BAR, Caminhos <strong>de</strong> ferro.Pareceres parlamentares <strong>de</strong> 1845 a 1884) e da Junta Consultiva <strong>de</strong> ObrasPúblicas (JCOP), órgão que em finais da década <strong>de</strong> 1860 substituíra o CSOP(AHMOP, CSOP, 1879, caixa 22, parecer 8156) mas nunca seria discutido. Em1880 tentou-se ressuscitar o projecto no hemiciclo que <strong>de</strong>sta feita emulava comuma i<strong>de</strong>ia semelhante partindo <strong>de</strong> Braga, mas ambos cairiam no esquecimento(DCD, 1880-4-24: 1560; e 1880-5-28: 2360-2361). Mais tar<strong>de</strong> seria aCompanhia do Caminho <strong>de</strong> Ferro <strong>de</strong> Guimarães (CCFG), a propor a extensão dasua linha até Chaves passando por Fafe e seguindo o vale do Tâmega <strong>de</strong>s<strong>de</strong>Agunchos (Arquivo Histórico-Diplomático (AHD), Caminhos-<strong>de</strong>-ferro.Ligações por Intermédio <strong>de</strong> Pontes, caixa 38, maço 8, documento 281), mas asua iniciativa teve igual sorte às anteriores.

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