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Revista de Letras - Utad

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Gestão da paisagem classificada do Alto Douro Vinhateiro: 2001-2010 243tipo <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> licenciamento <strong>de</strong> plantação. Os agricultores, salvo sebeneficiarem do financiamento do programa <strong>de</strong> apoio à plantação VITIS, apenascomunicam à Direcção Regional <strong>de</strong> Agricultura (Centro <strong>de</strong> Estudos Vitivinícolasdo Douro) a nova plantação, não havendo qualquer verificação prévia dostrabalhos a realizar. Os serviços limitam-se, a posteriori, a inspeccionar otrabalho efectuado ao nível da instalação da vinha, não havendo controlo sobre oque foi alterado. No entanto, <strong>de</strong> acordo com o n.º 4 do Despacho 473/2004, éobrigatório um parecer da DRATM para a alteração <strong>de</strong> valores patrimoniaisvernáculos, bem como <strong>de</strong> núcleos <strong>de</strong> vegetação arbórea. Como o licenciamento éapresentado <strong>de</strong>pois da execução da replantação, não há espaço para que ostécnicos possam dar o parecer <strong>de</strong> acordo com o legislado e evitar alteraçõesdissonantes na paisagem. Paralelamente, os técnicos, com uma óbvia preparaçãona área da agricultura, não possuem formação a<strong>de</strong>quada no âmbito dopatrimónio, nem dispõem <strong>de</strong> instrumentos auxiliares que possam colmatar essalacuna, nomeadamente <strong>de</strong> um inventário valorativo das manchas <strong>de</strong> paisagemem socalco, aliás um dos projectos prioritários do PDTVD.O mesmo <strong>de</strong>spacho prevê a intervenção por parte do Ministério doOr<strong>de</strong>namento do Território, aqui representado pela CCDRN através da EstruturaSub-Regional <strong>de</strong> Vila Real. A avaliação dos seus técnicos po<strong>de</strong> ser vista comocomplementar ao parecer da Agricultura, o que em teoria nos parece correcto,pois possibilita a avaliação dos impactes relativamente ao equilíbrio da paisagem(cobertos vegetais, condução <strong>de</strong> águas, etc.) e das possíveis dissonâncias, <strong>de</strong>acordo com o estabelecido pelo PIOT. Contudo, o tempo que <strong>de</strong>corre entre aanálise por parte da Agricultura e o envio do processo para a CCDRN paraavaliação é por vezes insustentável para o agricultor, ainda que a legislaçãoobrigue a uma comunicação quinzenal por parte dos serviços da DRATM àCCDRN. Este sistema revela-se muito burocrático e moroso. Relativamente aosprocessos não financiados, a ESRVR apenas tem conhecimento através <strong>de</strong><strong>de</strong>núncias ou <strong>de</strong> visitas <strong>de</strong> campo que, como é óbvio, necessitam <strong>de</strong> equipasmais alargadas, pois nem sempre os viticultores fazem chegar a esta instituiçãoum pedido <strong>de</strong> parecer.O outro ministério interveniente é o da Cultura, através da DirecçãoRegional da Cultura do Norte, sediada em Vila Real. É <strong>de</strong> referir que oMinistério da Cultura é o único ministério com servidão administrativa nesteterritório, uma vez que a classificação como Património Mundial equivale àclassificação como Interesse Nacional, <strong>de</strong>vendo, por isso, todas as alterações noterritório obrigar a um parecer <strong>de</strong>sta tutela.Contudo, a este organismo chegam muitas vezes apenas os pedidos <strong>de</strong>parecer relativos a processos <strong>de</strong> construção/reconstrução que carecem <strong>de</strong>aprovação municipal. Ainda que em teoria todo o património edificado esteja

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