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Revista de Letras - Utad

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Pedro José da Fonseca: contributos para a categorização do nome… 45comparativo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>:2.1. Superiorida<strong>de</strong>Ex.: Quem na severida<strong>de</strong> do castigo não dáfalhas <strong>de</strong> fraqueza humana, dá licença que otenhão por mais insolente que justo.2.2. Inferiorida<strong>de</strong>Ex.: Se do Rei he propria a justiça, com quecastiga <strong>de</strong>lictos, não lhe he menos propria aclemencia, com que perdoa.2.3. Igualda<strong>de</strong>Ex.: A fazenda, a vida, as victorias, e todasas felicida<strong>de</strong>s do Mundo, são tão falsas, evãas como o mesmo Mundo, com o qualtodas acabão.3. Superlativo – “he o que exprime aqualida<strong>de</strong> no seu gráo supremo. Divi<strong>de</strong>-seem absoluto, e relativo.” (32-33):3.1. Absoluto – “he o que exprime algumaqualida<strong>de</strong> no seu supremo gráo; mas semrelação a nenhuma cousa.” (33).Ex.: A esmóla he huma grangeariacertissima para bens temporaes, e eternos.Ex.: Sendo muito poucos no mundo oshomens, que po<strong>de</strong>m luzir; aquelles diantedoa quaes se possa luzir, ainda são muitomenos.3.2. Relativo – “he o que exprime aqualida<strong>de</strong> no seu gráo supremo, porém comrelação a alguma outra cousa” (33).Ex.: A melhor, e a peor cousa, que ha nomundo, he o conselho. Se he bom, he omaior bem, se he máo, he o peor mal.comparativo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>:2.1. Superiorida<strong>de</strong>Ex.: O rapaz é mais cuidadoso que (ou doque) os outros.2.2. Inferiorida<strong>de</strong>Ex.: O rapaz é menos cuidadoso que (ou doque) os outros.2.3. Igualda<strong>de</strong>Ex.: O rapaz é tão cuidadoso quanto (oucomo) os outros.3. Superlativo – po<strong>de</strong> ser:3.1. Absoluto – indica “que a qualida<strong>de</strong> doser ultrapassa a noção comum que temos<strong>de</strong>ssa mesma qualida<strong>de</strong>” e “a superiorida<strong>de</strong>é ressaltada sem nenhuma relação comoutros seres.” (148) Que se subdivi<strong>de</strong> em:3.1.1. SintéticoEx.: O rapaz é cuidadosíssimo.3.1.2. AnalíticoEx.: O rapaz é muito cuidadoso.3.2. Relativo – indica, “com vantagem ou<strong>de</strong>svantagem, a qualida<strong>de</strong> do ser em relaçãoa outros seres” (148) e po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>:3.2.1. Superiorida<strong>de</strong>Ex.: O rapaz é o mais cuidadoso dos (ou<strong>de</strong>ntre os) preten<strong>de</strong>ntes ao emprego.3.2.2. Inferiorida<strong>de</strong>Ex.: O rapaz é o menos cuidadoso dospreten<strong>de</strong>ntes.Assim, concluímos que, relativamente à formação <strong>de</strong>stes graus, ocomparativo <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong> forma-se antepondo ao adjectivo o advérbio mais,o comparativo <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> antepondo o advérbio menos e o comparativo <strong>de</strong>igualda<strong>de</strong> antepondo o advérbio tão, tal como acontece actualmente. Os doistermos 10 <strong>de</strong> comparação “se ajuntão nas duas primeiras especies <strong>de</strong> comparativospela conjunção que, e na terceira pela conjunção como.” (Fonseca 1799: 32).Quanto ao superlativo absoluto, este forma-se com recurso ao advérbio muiou muito, ou equivalente, e o superlativo relativo com “o articulo o, ou a antes<strong>de</strong> maior, menor, melhor, peor, mais, menos.” (Fonseca 1799: 33-34) e com “as10 Fonseca refere que “toda a comparação tem dous termos. Hum <strong>de</strong>lles he a cousa, que secompara, e o outro he a cousa, que serve <strong>de</strong> comparação.” (Fonseca 1799: 32).

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