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Revista de Letras - Utad

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Douro, poema geométrico: vertente <strong>de</strong> sentido matemático 273paisagens naturais que nos oferece, como por toda a riqueza humana,patrimonial e cultural que à sua volta gravita.O nosso título “Douro, poema geométrico: vertente <strong>de</strong> sentido matemático”tem a palavra “Douro” pelo trabalho que aqui vamos apresentar ter sidoconcebido na região do Douro, as palavras “poema geométrico”, por inspiraçãoda citação <strong>de</strong> Miguel Torga quando lhe chamou “poema geológico” e por fim aspalavras “vertente <strong>de</strong> sentido matemático” aparecem pelo facto <strong>de</strong> este trabalhoestar inserido na área <strong>de</strong> matemática.2. O ProjectoO projecto <strong>de</strong> Ciência Viva número 771 que vamos <strong>de</strong>screver, <strong>de</strong> umaforma sucinta, teve a sua génese numa singela homenagem a um professor daFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> do Porto que um dos autores teve a i<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> concretizar. O professor a que nos referimos é o professor José MorgadoJúnior, natural <strong>de</strong> Pegarinhos, Alijó, que em muitas das suas práticas lectivas sereferia à sua região como sendo “a capital do universo” (Almeida et al. 2004).Tal referência levou a que o nome do projecto fosse o <strong>de</strong> “E se a Matemáticatransformasse a minha terra na ‘capital do universo’?” para, <strong>de</strong> alguma forma sefazer uma singela homenagem a esse professor muito querido dos alunos. Talcomo é referido em Costa et al. (2008: 9 e 10), “Ao <strong>de</strong>linear o projecto que aquiapresentamos tínhamos como gran<strong>de</strong>s finalida<strong>de</strong>s contribuir para <strong>de</strong>senvolvernos alunos da região <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro o gosto pela matemática ea i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural”.A experiência concreta vivida em algumas escolas portuguesas permitiu-nosperceber que, além das dificulda<strong>de</strong>s na aprendizagem da Matemática idênticas àsreconhecidas a nível nacional, na Região do Alto Douro (localizada no interiornor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Portugal), existem outras dificulda<strong>de</strong>s resultantes da localizaçãogeográfica e das características socioculturais. I<strong>de</strong>ntificámos elementos comunsnestes alunos, nomeadamente a participação activa, intensa e (muitas vezes) dura<strong>de</strong>stes jovens nos trabalhos domésticos e nos trabalhos rurais. Esta realida<strong>de</strong>levou-nos a criar e a adaptar estratégias específicas, que tiveram emconsi<strong>de</strong>ração estes alunos e que permitem a fixação <strong>de</strong>sta população jovem nasua região. Esperamos que <strong>de</strong>ste modo possamos seguir o espírito queencontramos nas palavras <strong>de</strong> D’Ambrósio (2006): “Education must enhancecultural dignity. To reaffirm and in some cases to restore cultural dignity ofchildren is an important component of mathematics education”. Assim e comeste propósito <strong>de</strong>cidimos implementar este projecto que teve como propósito,nesta região <strong>de</strong> Portugal, aproximar, através da Matemática, duas gran<strong>de</strong>srealida<strong>de</strong>s – a Escola e a Comunida<strong>de</strong>. Especificamente, as fases queconstituíram este projecto foram as seguintes:

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