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Revista de Letras - Utad

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376 J. Esteves Rei2013, <strong>de</strong>stinados ao Desenvolvimento Regional e a sectores com maior potencial<strong>de</strong> crescimento, como é o caso do Turismo Portugal.De entrada, registemos o neologismo enoturismo, marcando dois aspectos,ligados ao vinho: o económico e o social. De importação recente, o termochegou antes da realida<strong>de</strong>, ou seja, um produtor <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>scobrir e criarcondições para que o ciclo do vinho e da vinha possa trazer mais dinheiro e maispessoas. Estas começarão a chegar para a compra directa do seu produto, mastambém para falar, conviver e conhecer as pessoas ligadas a esse ciclo.Tais condições implicam a preservação e o cuidado da paisagem e dosespaços naturais, o embelezamento das construções e edifícios, a melhoria dasvias <strong>de</strong> comunicação e a criação <strong>de</strong> circuitos pe<strong>de</strong>stres. Implicam, ainda, osurgimento <strong>de</strong> restaurantes e alojamento em quintas e al<strong>de</strong>ias vinhateiras.Paralelamente, há que cuidar a animação, o entretenimento e a atractivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>praças, comércio e restauração.Alguns pressupostos foram enunciados, concor<strong>de</strong>-se ou não com eles: i) oPorto é a porta <strong>de</strong> entrada para o vale do Douro, com o aeroporto internacional,os gran<strong>de</strong>s cruzeiros para os quais está a ser preparado o porto <strong>de</strong> Leixões, a viafluvial que <strong>de</strong>le parte e a sua centralida<strong>de</strong> regional, económica e cultural; ii) aaposta é num único sector, o vinho e a vinha, com um pólo <strong>de</strong> excelência naUTAD, uma matriz regional que é a “quinta” e vinte e um concelhos por elecaracterizados; iii) a duplicação da oferta quanto ao número <strong>de</strong> camas, visando ameta <strong>de</strong> 600 mil dormidas em 2015, na região; iv) a profissionalização daactivida<strong>de</strong> económica à volta do turismo.Certezas, a ter em conta, são já: a via fluvial que importa abrir às povoaçõese empreendimentos turísticos; o fluxo galego e nacional que a A24 proporciona;as rotas com <strong>de</strong>nominações apelativas, como As Portas do Douro, nas quais aregião vai ser dividida – para individualizar percursos e <strong>de</strong>stacar lugares,instituições e activida<strong>de</strong>s a visitar.O turismo começa a ser um sector económico importante do país,correspon<strong>de</strong>ndo a 11% do PIB, e procurando-se que este número suba para 15%em 2015. A aposta política no turismo <strong>de</strong>sta região visa alterar dados como osseguintes: 85% das dormidas <strong>de</strong> turistas situam-se no Algarve, em Lisboa e naMa<strong>de</strong>ira, sendo quase meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>las na época <strong>de</strong> Verão. Que fazer para alteraresta distribuição? A resposta passa pela revitalização baseada em três pilares:novida<strong>de</strong>, surpresa e atractivida<strong>de</strong>.Ora o Douro é uma das cinco zonas estratégicas para essa diversificação <strong>de</strong><strong>de</strong>stinos turísticos. Os produtos a oferecer são: um gran<strong>de</strong> rio romântico daEuropa, a preservar, o golfe, saú<strong>de</strong> e bem-estar, turismo da natureza,gastronomia e vinho, “resorts” integrados, turismo cultural e <strong>de</strong> paisagem,turismo <strong>de</strong> negócios.

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