Alternativas de Políticas Públicas para a Banda Larga - Portal do ...
Alternativas de Políticas Públicas para a Banda Larga - Portal do ...
Alternativas de Políticas Públicas para a Banda Larga - Portal do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Altos Estu<strong>do</strong>s 6<br />
<strong>Alternativas</strong> <strong>de</strong> <strong>Políticas</strong><br />
<strong>para</strong> a <strong>Banda</strong> <strong>Larga</strong><br />
Essa re<strong>de</strong>, ao menos no princípio, não <strong>de</strong>verá entrar no varejo da última milha,<br />
a não ser <strong>para</strong> interligar os órgãos públicos. Com isto, ela seria utilizada pelos<br />
presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> SCM, prefeituras, e até pelas próprias empresas presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong> telecomunicações <strong>para</strong> prestar serviços, não apenas <strong>de</strong> banda larga,<br />
mas qualquer outro serviço <strong>de</strong> telecomunicações, já que tu<strong>do</strong> é digitaliza<strong>do</strong>. As<br />
empresas da telefonia móvel, por exemplo, não precisariam criar sua própria re<strong>de</strong><br />
<strong>para</strong> chegar a to<strong>do</strong>s os municípios, pois po<strong>de</strong>riam utilizar a nova re<strong>de</strong> nacional.<br />
A criação da nova re<strong>de</strong> terá ainda a virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer uma efetiva concorrência<br />
com as concessionárias <strong>de</strong> telefonia fixa no fornecimento por ataca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
conexões à Internet, fazen<strong>do</strong> com que baixem os preços.<br />
Há quem aponte que o custo <strong>de</strong>sta nova re<strong>de</strong> será astronômico, indican<strong>do</strong> o caso<br />
da implantação da re<strong>de</strong> nacional da Austrália, que vai exigir um investimento<br />
<strong>de</strong> 65 bilhões <strong>de</strong> reais (42 bilhões <strong>de</strong> dólares australianos). Ocorre, porém, que<br />
o projeto australiano é levar a fibra ótica a 90% das residências e empresas, com<br />
capacida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> 100 Mbps <strong>para</strong> cada conexão. Os 10% restantes, em áreas<br />
rurais e remotas, serão atendi<strong>do</strong>s por conexões sem fio e via satélite, com velocida<strong>de</strong><br />
mínima <strong>de</strong> 12 Mbps. Ou seja, o projeto australiano é chegar com a banda<br />
larga a 100% das residências e empresas, algo com o que, por enquanto, po<strong>de</strong>mos<br />
apenas sonhar em nosso País.<br />
No Brasil, já temos mo<strong>de</strong>los estaduais e estatais <strong>de</strong> re<strong>de</strong> em implantação. O Governo<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará já está com sua re<strong>de</strong> bem <strong>de</strong>finida, orçada e em implantação,<br />
a qual também não inclui a última milha. A re<strong>de</strong> cearense vai usar fibras óticas<br />
alugadas da Chesf e <strong>de</strong> outros proprietários e enterrar fibras novas <strong>para</strong> chegar a<br />
to<strong>do</strong>s os municípios, franquean<strong>do</strong>, <strong>de</strong>pois, o uso <strong>de</strong>sta re<strong>de</strong> a qualquer interessa<strong>do</strong>,<br />
inclusive aos presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> telecomunicações, aí incluídas as próprias<br />
concessionárias, se o <strong>de</strong>sejarem. O investimento estima<strong>do</strong> é <strong>de</strong> 65 milhões <strong>de</strong> reais.<br />
Nada astronômico, portanto. Extrapolan<strong>do</strong>-se as cifras <strong>para</strong> uma re<strong>de</strong> nacional, é<br />
possível que fique próxima ao 1,1 bilhão <strong>de</strong> reais, cifra apontada por autorida<strong>de</strong>s<br />
governamentais como necessária <strong>para</strong> a implementação <strong>de</strong>sta re<strong>de</strong>.<br />
Quase to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>mais Esta<strong>do</strong>s têm re<strong>de</strong>s implantadas, embora, na maioria<br />
<strong>do</strong>s casos só <strong>para</strong> os serviços intragoverno. Os Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pará, Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
263<br />
Vilson Vedana | 4 | Participações Adicionais