Alternativas de Políticas Públicas para a Banda Larga - Portal do ...
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Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Altos Estu<strong>do</strong>s 6<br />
<strong>Alternativas</strong> <strong>de</strong> <strong>Políticas</strong> <strong>Públicas</strong><br />
<strong>para</strong> a <strong>Banda</strong> <strong>Larga</strong><br />
era ocupa<strong>do</strong> quase que integralmente por opera<strong>do</strong>ras estatais, diferentemente <strong>do</strong><br />
que ocorre hoje, quan<strong>do</strong> a presença governamental é praticamente nula.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, a proposta <strong>de</strong> participação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> não resgata o i<strong>de</strong>al<br />
<strong>de</strong> monopolização <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> telecomunicações nas mãos <strong>do</strong>s governos, mas<br />
se baseia no estabelecimento <strong>de</strong> instrumentos complementares <strong>para</strong> a universalização<br />
<strong>do</strong>s serviços principalmente em regiões <strong>de</strong> fraco apelo merca<strong>do</strong>lógico. Essa<br />
alternativa também po<strong>de</strong> ser implementada <strong>para</strong> incentivar a concorrência nos<br />
gran<strong>de</strong>s centros; porém, o i<strong>de</strong>al é que esse tipo <strong>de</strong> solução seja a<strong>do</strong>tada somente<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> superadas todas as possibilida<strong>de</strong>s regulatórias disponíveis, como o<br />
compartilhamento <strong>de</strong> meios e o estímulo à competição inter-re<strong>de</strong>s.<br />
5.5 Participação indireta <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público na prestação da banda larga<br />
Outra forma <strong>de</strong> participação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público no processo <strong>de</strong> universalização<br />
da banda larga po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> forma indireta, mediante a injeção <strong>de</strong> recursos<br />
públicos – diretamente ou por meio <strong>de</strong> incentivos – em programas <strong>de</strong> disseminação<br />
<strong>do</strong> acesso à Internet executa<strong>do</strong>s por opera<strong>do</strong>ras privadas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>do</strong> regime <strong>de</strong> prestação <strong>do</strong> serviço. Iniciativas <strong>de</strong>ssa natureza po<strong>de</strong>m ser<br />
implementadas <strong>de</strong> diversas maneiras, conforme abordaremos a seguir.<br />
5.5.1 Uso <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> FUST<br />
Os i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>res da LGT imaginaram a criação <strong>de</strong> um fun<strong>do</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a aten<strong>de</strong>r<br />
as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> universalização, cujos custos não po<strong>de</strong>riam ser arca<strong>do</strong>s<br />
exclusivamente pelas opera<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s em regime público. Essa<br />
proposta se tornou realida<strong>de</strong> em 2000, com a aprovação da Lei nº 9.998, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong><br />
agosto <strong>de</strong> 2000, que instituiu o FUST.<br />
Sem nos alongarmos nos motivos pelos quais os sucessivos governos não conseguiram<br />
aplicar uma parcela sequer <strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> oito bilhões <strong>de</strong> reais arrecada<strong>do</strong>s pelo<br />
fun<strong>do</strong>, o exame <strong>do</strong> marco regulatório em vigor revela a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoamentos<br />
em seu bojo, com o objetivo <strong>de</strong> facilitar a aplicação <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> FUST.<br />
Uma das principais razões apontadas <strong>para</strong> o imbróglio que envolve o fun<strong>do</strong> repousa<br />
sobre as restrições legais <strong>para</strong> a aplicação <strong>do</strong>s seus recursos. Segun<strong>do</strong> o disposto<br />
na legislação vigente, somente as concessionárias <strong>do</strong> STFC estão habilitadas<br />
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Deputa<strong>do</strong> Paulo Henrique Lustosa | 1 | RELATÓRIO