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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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conseguir com que o indivíduo esteja engajado <strong>em</strong> seus objetivos e <strong>em</strong> sua cultura<br />

organizacional.<br />

O t<strong>em</strong>a do controle pelo amor po<strong>de</strong> ser observado no artigo <strong>em</strong> questão como um<br />

mecanismo eficaz para que a <strong>em</strong>presa consiga, ao menos <strong>em</strong> tese, o comprometimento do<br />

indivíduo. Ela busca no lí<strong>de</strong>r, o sedutor <strong>de</strong> que necessita para ser o catalisador do processo <strong>de</strong><br />

“gestão do afetivo” na organização. De sua parte, a <strong>em</strong>presa também seduzirá o indivíduo, às<br />

vezes, lançando mão <strong>de</strong> artifícios bastante fúteis. A <strong>em</strong>presa sedutora entrega rosas,<br />

chocolates e outros pequenos presentes com o objetivo das pessoas se sentir<strong>em</strong> queridas por<br />

ela e fazendo parte <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira família. Pois o indivíduo <strong>de</strong>ixa-se<br />

seduzir e é seduzido não apenas por elevados salários e pelo po<strong>de</strong>r, mas também por presentes<br />

e mimos que têm forte valor simbólico para ele e, muitas vezes, representam baixo custo para<br />

a <strong>em</strong>presa. No artigo analisado, que estamos comentando, o executivo que lhe serve <strong>de</strong><br />

ex<strong>em</strong>plo cria incentivos mensais para seus funcionários e dá atenção a eles. “Essa maneira <strong>de</strong><br />

d<strong>em</strong>onstrar atenção po<strong>de</strong> ser por meio <strong>de</strong> uma rosa, um panetone ou uma mochila”, como nos<br />

sugere da Cruz, presi<strong>de</strong>nte da Teletrim, maior <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> Pager do país.<br />

FREITAS (1991), <strong>em</strong> seu estudo sobre os el<strong>em</strong>entos da cultura organizacional, trata <strong>de</strong><br />

tal prática, quando analisa os ritos, rituais e cerimônias no contexto organizacional. A autora<br />

cita alguns ex<strong>em</strong>plos que vão ao encontro ao que aparece nos artigos analisados<br />

anteriormente. É o caso da convenção da Mary Kay Cosmetics, que “distribui prêmios<br />

milionários, como Buicks e Cadillacks cor-<strong>de</strong>-rosa, diamantes e casacos <strong>de</strong> pele para as<br />

campeãs <strong>de</strong> vendas. Durante a solenida<strong>de</strong>, que t<strong>em</strong> duração <strong>de</strong> 13 horas, as lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> equipes<br />

e futuras diretoras promov<strong>em</strong> uma programação que ‘educa, motiva, inspira e diverte”.<br />

(FREITAS, 1991, p.23). Trata-se, segundo Freitas, da celebração pública <strong>de</strong> resultados<br />

positivos, no contexto dos “ritos <strong>de</strong> reforço”; um segundo ex<strong>em</strong>plo é a entrega <strong>de</strong> uma placa<br />

<strong>de</strong> homenag<strong>em</strong>, <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada <strong>em</strong>presa, r<strong>ea</strong>lizada <strong>em</strong> um ambiente tão t<strong>ea</strong>tralizado <strong>em</strong> que<br />

o vencedor, “<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser cumprimentado por todos, volta ao seu escritório, on<strong>de</strong>, muito<br />

provavelmente, colocará o seu ‘troféu’ na pare<strong>de</strong> ou na mesa”. (FREITAS, 1991, p.22). Outro<br />

ex<strong>em</strong>plo é o “funcionário do mês” ter a sua foto <strong>em</strong>oldurada pela <strong>em</strong>presa e ser colocada na<br />

frente <strong>de</strong> todos.<br />

Como se nota, a <strong>em</strong>presa faz uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados mecanismos no intento <strong>de</strong> seduzir<br />

seus <strong>em</strong>pregados; sedução essa que também está presente na perspectiva que o indivíduo <strong>de</strong>ve<br />

ter do trabalho que ele r<strong>ea</strong>liza. O trabalho é visto como fonte <strong>de</strong> prazer. De acordo com<br />

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