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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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compartilhados” (BURRELL e MORGAN, 1994, p. 260). T<strong>em</strong>os, então, na linguag<strong>em</strong> e na<br />

interação entre os indivíduos, a construção <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> social, que por sua vez<br />

é socialmente negociada. De modo que o enfoque na subjetivida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> auxiliar na<br />

compreensão dos fenômenos organizacionais e sociais que faz<strong>em</strong> parte do presente estudo.<br />

Quanto à articulação teórica entre os diversos autores, buscamos compreen<strong>de</strong>r as<br />

relações <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r nas organizações, suas principais políticas <strong>de</strong> recursos<br />

humanos e o imaginário organizacional mo<strong>de</strong>rno, tendo como base, os seguintes<br />

pressupostos: a) as <strong>em</strong>presas exerc<strong>em</strong> papel importante e fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do indivíduo e da socieda<strong>de</strong>; b) as <strong>em</strong>presas estão perm<strong>ea</strong>das por jogos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo<br />

nas relações <strong>de</strong> trabalho, <strong>em</strong> um ambiente caracterizado por relações assimétricas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r;<br />

c) as <strong>em</strong>presas consi<strong>de</strong>ram os recursos humanos como um <strong>de</strong> seus principais ativos,<br />

buscando constant<strong>em</strong>ente a a<strong>de</strong>são do indivíduo para com seus valores e seus objetivos<br />

organizacionais; d) as <strong>em</strong>presas faz<strong>em</strong> uso da gestão do afetivo que se soma às outras formas<br />

<strong>de</strong> controle organizacional; e) o discurso <strong>em</strong> recursos humanos das <strong>em</strong>presas está perm<strong>ea</strong>do<br />

<strong>de</strong> intenções pouco claras, levando à falta <strong>de</strong> compreensão crítica das práticas por elas<br />

utilizadas. A <strong>em</strong>presa faz uso do discurso <strong>de</strong> que se os <strong>em</strong>pregados estiver<strong>em</strong> dispostos a<br />

fazer renúncias <strong>em</strong> prol <strong>de</strong> seus objetivos, ela vai atendê-los <strong>em</strong> suas necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos<br />

pessoais, especialmente <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e cargos.<br />

O presente estudo, quando do levantamento e análise <strong>de</strong>sses discursos<br />

organizacionais, permite também, a verificação e análise dos mecanismos que são utilizados<br />

e qual o impacto para o indivíduo <strong>de</strong>sse discurso. Analisam-se dimensões críticas e<br />

intencionalmente esquecidas pelo mundo dos negócios, recorrendo a uma abordag<strong>em</strong> que se<br />

recusa a tratar o ser humano como um mero ativo à disposição da <strong>em</strong>presa. E quando<br />

falamos <strong>em</strong> dimensões críticas, estamos nos propondo <strong>em</strong> estudar o sofrimento ocasionado a<br />

partir das relações <strong>de</strong> trabalho nas organizações mo<strong>de</strong>rnas, a sedução e a fascinação<br />

existentes na relação lí<strong>de</strong>r-li<strong>de</strong>rado, a exclusivida<strong>de</strong> que a <strong>em</strong>presa preten<strong>de</strong> ter na vida <strong>de</strong><br />

seus <strong>em</strong>pregados e a parceria formada entre <strong>em</strong>pregado e <strong>em</strong>pregador nas relações <strong>de</strong><br />

trabalho nas <strong>em</strong>presas, com o objetivo do atendimento dos <strong>de</strong>sejos almejados por ambas as<br />

partes.<br />

Definimos <strong>em</strong> nossa análise algumas categorias conceituais do discurso: o<br />

superexecutivo <strong>de</strong> sucesso nas organizações, o discurso do comprometimento<br />

organizacional, os modismos gerenciais, o discurso da participação nas organizações, o<br />

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