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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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No artigo “Qu<strong>em</strong> está no alto da pirâmi<strong>de</strong>” (CASTANHEIRA, Exame, 06/02/91, p.<br />

46-51) também há uma análise do que é necessário para se ter sucesso e uma carreira b<strong>em</strong><br />

sucedida. Além <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar alguns probl<strong>em</strong>as causados pela busca <strong>de</strong>senfr<strong>ea</strong>da por sucesso,<br />

nos mostra algumas características <strong>de</strong> superexecutivos admirados <strong>de</strong>ntro e fora da <strong>em</strong>presa.<br />

Uma <strong>de</strong>las é o número excessivo <strong>de</strong> horas trabalhadas, com jornadas <strong>de</strong> trabalho que chegam<br />

a 12 ou 14 horas. Os executivos apontam que para se alcançar ao sucesso é necessário<br />

perseverança, e principalmente, <strong>de</strong>dicação ao trabalho – jornadas <strong>de</strong> 12,14 horas diárias. O<br />

artigo aponta os probl<strong>em</strong>as gerados pelo excesso <strong>de</strong> trabalho e pela entrega, <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po<br />

integral, à <strong>em</strong>presa. De acordo com uma psicóloga entrevistada pelo artigo, “esses<br />

profissionais (os altos executivos) atingiram um nível <strong>de</strong> vida <strong>em</strong> que se têm muito a per<strong>de</strong>r<br />

[...] há o t<strong>em</strong>or <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> status, do dinheiro. Mas quando o assunto é perda <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, o<br />

t<strong>em</strong>or transforma-se <strong>em</strong> pânico, <strong>em</strong> angústia”. Como se nota, anseia-se, por cada vez mais<br />

po<strong>de</strong>r, não importando o preço a ser pago para isso. Renunciar à vida particular, à família e<br />

aos amigos passa a ser algo comum e natural para boa parte dos altos executivos; perguntamonos,<br />

porém, quais são os retornos esperados que compensam as renúncias.<br />

E na busca da excelência, as <strong>em</strong>presas se preocupam <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolver seus<br />

funcionários, para que eles reproduzam essa excelência. Assim, o executivo <strong>de</strong>ve se <strong>de</strong>dicar<br />

inteiramente à <strong>em</strong>presa e à sua carreira, <strong>de</strong>finindo estratégias para o alcance do sucesso que<br />

ele <strong>de</strong>seja obter. Nesse caminho, ele se <strong>de</strong>para com um quadro familiar e <strong>em</strong>ocional cada vez<br />

mais complicado. Do âmbito familiar, nós já analisamos os malefícios ocasionados por essa<br />

busca frenética pelo sucesso. Já, do âmbito <strong>em</strong>ocional, o indivíduo sofre com o stress e com o<br />

elevado nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> a que é submetido, levando-o, muitas vezes, à <strong>de</strong>sestruturação<br />

<strong>em</strong>ocional, a doenças físicas e até à morte. O fato é que o indivíduo é colocado à prova, a todo<br />

momento, e isso po<strong>de</strong> minar suas resistências. E inúmeras vezes o indivíduo não se dá conta<br />

<strong>de</strong> como está vivendo, naturalizando uma vida <strong>de</strong>gradada.<br />

Numa espécie <strong>de</strong> contrapartida da <strong>em</strong>presa ao valorizar o funcionário que se exaure no<br />

trabalho, esta, por meio <strong>de</strong> políticas voltadas para seus recursos humanos, ten<strong>de</strong> a valorizar,<br />

<strong>de</strong> acordo com Lima (1996, p.20), “tanto as exigências materiais (através <strong>de</strong> salários mais<br />

elevados, por ex<strong>em</strong>plo) quanto às <strong>de</strong> ord<strong>em</strong> psicológica (encorajando, por ex<strong>em</strong>plo, a tomada<br />

<strong>de</strong> iniciativa). Elas conciliam as recompensas econômicas e as recompensas simbólicas, os<br />

aspectos formais e os informais da organização”. Tendo <strong>em</strong> vista as recompensas econômicas,<br />

simbólicas ou qualquer outra e levando-se <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração a ligação afetiva que também está<br />

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