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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> h<strong>ea</strong>dhunting. Assim, para alguns, o executivo <strong>de</strong>ve ser l<strong>ea</strong>l apenas com ele<br />

mesmo, para outros, o que importa é a l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> à <strong>em</strong>presa, sendo que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

sua carreira <strong>de</strong>verá ficar a cargo da organização na qual ele está inserido. Mas, seguindo o<br />

artigo supracitado, a tendência <strong>de</strong> negociar com várias <strong>em</strong>presas a mudança <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego<br />

torna-se prática cada vez mais comum, <strong>de</strong>ixando-se <strong>de</strong> lado, então, a l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> ao <strong>em</strong>prego.<br />

Da parte das <strong>em</strong>presas, já foi dito que um dos principais mecanismos para<br />

“conquistar” o coração do funcionário é o treinamento e a doutrinação, estratégias <strong>de</strong> ação<br />

capazes <strong>de</strong> atingir o funcionário e até mesmo, por extensão, seus familiares, aprofundando os<br />

laços que un<strong>em</strong> o <strong>em</strong>pregado à organização. Para algumas <strong>em</strong>presas, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

encontrar e manter bons funcionários se tornou total. De modo que as gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas<br />

disputam, literalmente, nomes que possam compor seus quadros, <strong>em</strong>bora o <strong>de</strong>safio não esteja<br />

apenas <strong>em</strong> encontrar essas pessoas, e sim, <strong>em</strong> evitar que saiam rapidamente da <strong>em</strong>presa. De<br />

acordo com O”Malley (2000), para se conseguir sucesso na organização, é necessário capturar<br />

talentos, <strong>de</strong>senvolve-los e usar estes talentos para alcançar os objetivos organizacionais. E<br />

esses talentos são, muitas vezes, formados na própria organização, doutrinando o indivíduo <strong>de</strong><br />

acordo com o credo da <strong>em</strong>presa.<br />

De fato, quando a escola está, diretamente, a serviço <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada <strong>em</strong>presa, ela<br />

acaba sendo um instrumento <strong>de</strong> doutrinação <strong>de</strong> crianças ou jovens <strong>em</strong> prol da <strong>em</strong>presa. Vejase<br />

o caso do Bra<strong>de</strong>sco. O banco mantém uma fundação, que, entre outras coisas, busca formar<br />

o jov<strong>em</strong> <strong>de</strong> acordo com sua cultura, seus valores e principalmente, seus interesses. De acordo<br />

com Segnini (1996, p.97), “a moralização da criança para o trabalho se dá concomitant<strong>em</strong>ente<br />

ao processo <strong>de</strong> assimilação <strong>de</strong> valores da classe dominante”, ou ainda, “a instituição procura<br />

estabelecer uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle sobre o educador, impossibilitando <strong>de</strong>svios que possam<br />

comprometer a formação do educando para o trabalho”. A autora faz ver, também o quanto é<br />

proibido discussões na formação política dos alunos, o quanto o aluno começa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo a<br />

estar <strong>em</strong> contato com o i<strong>de</strong>ário da <strong>em</strong>presa, assimilando seus valores e muitas vezes se<br />

aniquilando enquanto ser humano crítico e cidadão. A educação se torna, pois, um<br />

investimento, objetivando a formação <strong>de</strong> “trabalhadores docilizados, não questionadores da<br />

r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> por eles vivenciados, produtivos e <strong>de</strong> baixo custo”.<br />

A universida<strong>de</strong> corporativa é outro ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> doutrinação e assimilação por parte<br />

dos funcionários dos valores e crenças da <strong>em</strong>presa. De acordo com L<strong>ea</strong>l (2003, p.39),<br />

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