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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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tarefas que eles r<strong>ea</strong>lizam, à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> produtos e às estratégias organizacionais; c)<br />

os níveis organizacionais da participação, isto é, o nível hierárquico <strong>em</strong> que ocorr<strong>em</strong> as<br />

participações: comissões <strong>de</strong>partamentais, Conselhos <strong>de</strong> Administração etc. E, segundo esse, a<br />

participação n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre aumenta o po<strong>de</strong>r do indivíduo na organização. Além do mais,<br />

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“a participação requer mudanças <strong>de</strong> comportamento, que somente se<br />

consolidam à medida que sejam acompanhadas por mudanças nas expectativas<br />

por parte do meio social com que as pessoas interag<strong>em</strong>. Isso normalmente<br />

requer também mudanças estruturais: a estrutura hierárquica – burocrática<br />

tradicional não se coaduna com o processo participativo. O <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> processos participativos persistentes requer, portanto, a intervenção<br />

planejada <strong>em</strong> diversos aspectos da organização: na estrutura <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>,<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> recompensas e punições, estrutura <strong>de</strong> carreira, sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

informações etc” (STORCH,1985, p.160).<br />

Com efeito, a participação no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é t<strong>em</strong>a recorrente no<br />

discurso das organizações mo<strong>de</strong>rnas, especialmente nas duas últimas décadas. Uma <strong>em</strong>presa<br />

que pretenda se inserir no rol das organizações mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> sofisticado <strong>de</strong>senvolvimento<br />

gerencial não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> d<strong>em</strong>ocratizar, ao menos no nível do discurso, seu processo<br />

<strong>de</strong>cisório. Por outro lado, <strong>em</strong>bora se tenha <strong>em</strong> vista a participação do indivíduo na <strong>em</strong>presa<br />

nos mais variados momentos e formas, dificilmente ele se envolve <strong>em</strong> algo efetivamente<br />

relevante. Normalmente as <strong>de</strong>cisões <strong>em</strong> que ele participa são <strong>de</strong> teor <strong>em</strong>inent<strong>em</strong>ente<br />

operacional e diretamente relacionado à sua própria ativida<strong>de</strong>. Ou seja, as principais <strong>de</strong>cisões<br />

da organização ficam a cargo <strong>de</strong> poucas pessoas, mesmo que elas necessit<strong>em</strong> ser legitimadas<br />

por um maior número <strong>de</strong> pessoas na organização.<br />

Segundo PAGÈS (1987, p.93), a participação é um conceito que está relacionado,<br />

entre outras coisas, com a flexibilida<strong>de</strong> organizacional, <strong>em</strong> que o controle i<strong>de</strong>ológico com<br />

aspecto flexível vai admitir a diversida<strong>de</strong> e dar certa autonomia ao funcionário. Agora, tal<br />

autonomia vai até o ponto <strong>em</strong> que não haja nenhuma mudança representativa no<br />

funcionamento da <strong>em</strong>presa. A autonomia é vigiada e a <strong>em</strong>presa não está disposta a abrir mão<br />

dos processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais estratégicos e, menos operacionais. Ela está disposta<br />

a ter algumas vozes contrárias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que elas não coloqu<strong>em</strong> <strong>em</strong> risco a estrutura <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r da<br />

organização. Trata-se <strong>de</strong> criar uma verda<strong>de</strong>ira ilusão <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.

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