O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
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dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> alcançar a posição que ele tinha, e não será difícil ele se tornar um <strong>em</strong>pregado<br />
do núcleo operacional <strong>de</strong> uma pequena <strong>em</strong>presa.<br />
Repitamos: o indivíduo não per<strong>de</strong> apenas o <strong>em</strong>prego, mas a <strong>em</strong>presa, algo <strong>em</strong> que ele<br />
acreditava e se i<strong>de</strong>ntificava. FREITAS (2000) analisa alguns pontos essenciais <strong>em</strong> termos da<br />
relação indivíduo - <strong>em</strong>presa, que acabam atingindo mais ao executivo do que ao operário.<br />
Fatores tais como a i<strong>de</strong>ntificação e o vínculo que se formam entre as duas partes acabam<br />
tendo forte impacto no momento da d<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> um executivo, também por conta dos<br />
discursos que foram internalizados pelo indivíduo. Os executivos<br />
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“são as maiores vítimas <strong>de</strong> seus próprios discursos, da própria encenação da<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> social, da própria <strong>de</strong>pendência criada pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
alimentação contínua do reconhecimento dos pares (mesmo os odiados), do<br />
prestígio, das relações sociais relevantes, do status evi<strong>de</strong>nte [...] Os executivos<br />
se i<strong>de</strong>ntificam mais com a imag<strong>em</strong> grandiosa e sedutora da <strong>em</strong>presa do que o<br />
chão <strong>de</strong> fábrica, ou seja, enquanto o operário per<strong>de</strong> o <strong>em</strong>prego ao ser d<strong>em</strong>itido,<br />
o executivo per<strong>de</strong> a <strong>em</strong>presa” (FREITAS,2000, p.165).<br />
Ou seja, per<strong>de</strong>-se a referência, o sucesso, o reconhecimento e tudo aquilo <strong>em</strong> que<br />
sonhava e que acreditava que seria, um dia, r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong>: o castelo <strong>de</strong> cartas se <strong>de</strong>sfaz.<br />
Outro aspecto que <strong>de</strong>ve ser abordado refere-se à tendência <strong>de</strong> muitos executivos <strong>em</strong><br />
bas<strong>ea</strong>r a sua carreira não <strong>em</strong> sua <strong>em</strong>presa, mas na organização que oferece melhores salários,<br />
melhores condições <strong>de</strong> trabalho, maior possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> r<strong>ea</strong>lização <strong>de</strong> seus projetos e<br />
incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento profissional. “Se surgir uma oferta <strong>de</strong> trabalho melhor, o<br />
executivo ten<strong>de</strong> a aceitá-la mais rapidamente”. De acordo com Drake Morin, <strong>em</strong> seu<br />
<strong>de</strong>poimento à Exame no artigo, “O executivo é o próprio negócio”, previamente analisado,<br />
“os profissionais estão valorizando muito mais o seu trabalho e não a relação que têm com a<br />
chefia e o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> casa”. Neste sentido a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que ele venha a ser d<strong>em</strong>itido <strong>de</strong>ve<br />
fazer parte <strong>de</strong> seu cotidiano, estando, ao mesmo t<strong>em</strong>po, mais preparado para essas situações.<br />
Apesar das <strong>em</strong>presas exigir<strong>em</strong> a l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus funcionários, a l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> será,<br />
primeiramente, consigo mesmo. Isto é, o executivo irá, antes <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong>senvolver um<br />
compromisso com sua vida profissional e com sua própria carreira.<br />
De fato, <strong>em</strong> um ambiente repleto <strong>de</strong> reestruturações e <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas que passam por<br />
reengenharia, a l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> é compreendida constant<strong>em</strong>ente como sendo algo atrasado, ou ainda,