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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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7.2 O discurso da saú<strong>de</strong> nas <strong>em</strong>presas nos artigos analisados<br />

Num contexto <strong>de</strong> acirrada competitivida<strong>de</strong> e transformação do ambiente<br />

organizacional, o indivíduo se <strong>de</strong>ixa levar por um processo que o domina, com sua permissão,<br />

<strong>de</strong> maneira cada vez mais ampla, incontestável e s<strong>em</strong> limites. O primeiro aspecto a ser<br />

analisado nessa t<strong>em</strong>ática da saú<strong>de</strong> refere-se à questão do uso <strong>de</strong> drogas lícitas ou ilícitas, que<br />

se transformou <strong>em</strong> um dos maiores probl<strong>em</strong>as sociais no mundo <strong>de</strong> hoje. No que se refere às<br />

drogas ilícitas, elas constitu<strong>em</strong> um grave probl<strong>em</strong>a para as <strong>em</strong>presas. Por razões vinculadas<br />

direta ou indiretamente ao trabalho, as drogas lícitas ou ilícitas não são encaradas <strong>de</strong> frente<br />

pelas <strong>em</strong>presas, mesmo que as lev<strong>em</strong> a perdas significativas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> dinheiro.<br />

O primeiro artigo sobre o t<strong>em</strong>a a ser analisado por nós t<strong>em</strong> como título, “Um sinal<br />

vermelho para as drogas”. (CASTANHEIRA, Exame, 21/02/90, p.76-80) Em primeiro lugar,<br />

veja-se o que é dito no discurso, ou seja, o que o artigo nos diz explicitamente. Em termos<br />

gerais, aborda-se o probl<strong>em</strong>a da droga e sua relação com o trabalho. O texto nos mostra o<br />

quanto as <strong>em</strong>presas perd<strong>em</strong> <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> lucrativida<strong>de</strong>, por causa <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as ocasionados<br />

pela presença <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> drogas na <strong>em</strong>presa. O ponto <strong>de</strong> vista privilegiado pelo artigo é o<br />

da <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>ixando-se <strong>de</strong> lado o probl<strong>em</strong>a social que a droga representa ou os prejuízos<br />

sofridos pelo indivíduo quando da sua utilização. O privilégio daquele ponto <strong>de</strong> vista aparece<br />

<strong>em</strong> inúmeras passagens do texto, <strong>de</strong> certo modo, constrangendo o leitor. Lê-se no texto, “as<br />

drogas invadiram as <strong>em</strong>presas [...] e causam pesados estragos na produtivida<strong>de</strong> e na<br />

qualida<strong>de</strong>, tão perseguidas pelos <strong>em</strong>presários”. E ainda; “o uso e o abuso <strong>de</strong> drogas provocam<br />

uma coleção <strong>de</strong> dores <strong>de</strong> cabeça para os <strong>em</strong>pregadores – atrasos, ausências, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

trabalho, roubos, agressões físicas. A lista é quilométrica e custa dinheiro, muito dinheiro”;<br />

“os <strong>em</strong>presários perceberam que estavam per<strong>de</strong>ndo os investimentos que haviam feito durante<br />

anos na formação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra”, diz Mark <strong>de</strong> Bernardo, diretor executivo do Institute for a<br />

Drug-Free Workplace; isso s<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar os roubos e a perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido ao<br />

uso <strong>de</strong> drogas pelos <strong>em</strong>pregados. A preocupação fundamental da <strong>em</strong>presa é com a<br />

produtivida<strong>de</strong> e com o retorno que o <strong>em</strong>pregado <strong>de</strong>verá gerar para ela; a preocupação com o<br />

indivíduo, enquanto ser humano que necessita <strong>de</strong> ajuda, está <strong>em</strong> segundo plano. Ao mesmo<br />

t<strong>em</strong>po, a <strong>em</strong>presa se coloca como sendo a gran<strong>de</strong> benfeitora que po<strong>de</strong>rá tirar um <strong>em</strong>pregado<br />

do mundo das drogas. Mas, no fundo, sabe-se que <strong>em</strong>presas invest<strong>em</strong> no tratamento <strong>de</strong> seus<br />

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