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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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dos <strong>em</strong>pregados <strong>de</strong> menor nível hierárquico. Isso mostra também que, mesmo tendo<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> almoçar no restaurante <strong>de</strong>stinado aos executivos, ele gosta <strong>de</strong>,<br />

eventualmente, freqüentar o mesmo restaurante <strong>de</strong>stinado àqueles que verda<strong>de</strong>iramente<br />

constitu<strong>em</strong> a <strong>em</strong>presa.<br />

No que concerne a união dos <strong>em</strong>pregados, isto é, o trabalho <strong>em</strong> equipe, este t<strong>em</strong> sido<br />

visto como a principal força <strong>de</strong> várias <strong>em</strong>presas, caso da CP Eletrônica, citada no artigo “Mais<br />

dinheiro no bolso” (EXAME, 02/05/90, p. 65). De acordo com o porta-voz da <strong>em</strong>presa<br />

analisada, “graças a um esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gestão participativa, implantado a partir <strong>de</strong> 1987, a<br />

companhia dá sucessivos saltos <strong>em</strong> seus índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>”. Todos os <strong>em</strong>pregados<br />

participam <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões e à medida que as metas são atingidas e a produtivida<strong>de</strong> é<br />

aumentada, participam dos lucros. Assim, com base no lugar-comum, afirma-se que, “com a<br />

participação, cada funcionário trabalha como se a <strong>em</strong>presa fosse seu próprio negócio”. De<br />

acordo com o <strong>em</strong>presário Porto, da citada organização, com o programa <strong>de</strong> participação<br />

impl<strong>em</strong>entado na <strong>em</strong>presa, “a motivação é enorme”, sendo “essa a melhor forma <strong>de</strong> crescer<br />

num mercado competitivo”. Da mesma maneira, t<strong>em</strong>os no artigo “O patinho feio ficou<br />

bonito” (NETZ, Exame, 13/06/90, p.76-78), a <strong>em</strong>presa Nitro-Química t<strong>em</strong> o mesmo discurso<br />

popular e sedutor, só que <strong>de</strong>ssa vez objetivando seus próprios diretores: “quero que (os<br />

diretores) ajam como se foss<strong>em</strong> os donos <strong>de</strong> cada negócio”, diz Ricardo Ermírio <strong>de</strong> Moraes.<br />

De modo geral, o discurso da organização é o <strong>de</strong> que a união dos funcionários é fundamental<br />

quando se enfrentam momentos difíceis. Trata-se <strong>de</strong> conseguir o sentimento <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong><br />

na <strong>em</strong>presa; <strong>de</strong> envolver os 130 funcionários da <strong>em</strong>presa <strong>em</strong> todas as <strong>de</strong>cisões. São eles que<br />

fixam as metas <strong>de</strong> produção, apresentam sugestões para melhorias <strong>de</strong> processos e o mais<br />

importante, <strong>em</strong>bolsam parte dos lucros resultantes <strong>de</strong>ssa política. Como se vê, a CP eletrônica<br />

consi<strong>de</strong>ra a r<strong>em</strong>uneração o gran<strong>de</strong> el<strong>em</strong>ento motivador do funcionário. De acordo com a<br />

direção da <strong>em</strong>presa, “a motivação do trabalhador é enorme”. Evi<strong>de</strong>nciam-se, aqui, raízes do<br />

pensamento taylorista que, <strong>de</strong> fato, nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> estar presente na gestão das organizações,<br />

sobretudo no que diz respeito a esta visão <strong>de</strong> que o fator que mais motiva o <strong>em</strong>pregado é a<br />

r<strong>em</strong>uneração. Fruto <strong>de</strong>sse pensamento são os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> pagamento dos <strong>em</strong>pregados, tais<br />

como a participação <strong>em</strong> ações, a r<strong>em</strong>uneração por habilida<strong>de</strong> e a r<strong>em</strong>uneração variável.<br />

Outro artigo que traz a participação como t<strong>em</strong>a central é o “Seguro contra a<br />

<strong>de</strong>smotivação” (EXAME, 27/05/92, p. 69), com o ex<strong>em</strong>plo da seguradora Sul América, que<br />

<strong>de</strong>senvolveu um plano <strong>de</strong> participação dos funcionários nos lucros da <strong>em</strong>presa. De acordo<br />

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