O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
marcas caras e exclusivas; exclusivida<strong>de</strong> que ele preten<strong>de</strong> ter para com o sucesso. O sucesso<br />
pertence a ele. Assim, está disposto a tudo para chegar ao topo, mesmo que tenha <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a<br />
ética para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses da <strong>em</strong>presa.<br />
Outras vezes, o jov<strong>em</strong> é incentivado a se inserir na prática <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social<br />
da <strong>em</strong>presa, trabalhando <strong>em</strong> equipe e <strong>de</strong>senvolvendo sua li<strong>de</strong>rança, por ex<strong>em</strong>plo, <strong>em</strong> alguma<br />
ação <strong>de</strong> assistência social. Utilizando a mesma análise r<strong>ea</strong>lizada por Freitas (2000, p.63) para<br />
o estudo dos indivíduos na organização, no contexto do imaginário organizacional mo<strong>de</strong>rno,<br />
pod<strong>em</strong>os caracterizar o jov<strong>em</strong> executivo como aquele cuja, “a carreira e o status profissional<br />
tornam-se os el<strong>em</strong>entos organizadores da vida do indivíduo, aquilo que lhe dá sentido, auto-<br />
imag<strong>em</strong> e reconhecimento, único referente capaz <strong>de</strong> proporcionar-lhe sucesso e r<strong>ea</strong>lização<br />
pessoal”. Este, <strong>em</strong> suma, é o jov<strong>em</strong> executivo, aquele que luta pelo sucesso, continuamente<br />
estimulado pela <strong>em</strong>presa.<br />
Mas, <strong>de</strong> acordo com o último artigo analisado, se há <strong>em</strong>presas que buscam,<br />
<strong>de</strong>senvolver a l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> do indivíduo e a permanência <strong>de</strong>ste <strong>em</strong> seus quadros, fazendo com que<br />
esteja cada vez mais afinado aos valores e objetivos da organização, existe, por outro lado, a<br />
tendência <strong>de</strong> outras <strong>em</strong>presas preferir<strong>em</strong> <strong>em</strong> seus quadros indivíduos com passagens por<br />
várias outras organizações. Permanece, então, cada vez mais, a dúvida referente ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da carreira do indivíduo e quanto ao nível <strong>de</strong> influência que a organização<br />
<strong>de</strong>ve ter sobre ela. T<strong>em</strong>os aí duas políticas distintas: incentiva-se o indivíduo a ser responsável<br />
por sua carreira, e aí a organização ten<strong>de</strong> a investir um pouco menos nas tentativas <strong>de</strong> alcançar<br />
o maior comprometimento do indivíduo; ou, apóia-se, por meio <strong>de</strong> programas especiais o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da carreira do indivíduo na própria <strong>em</strong>presa, aumentando o vínculo <strong>de</strong>ste<br />
com ela.<br />
No artigo “Negociar <strong>em</strong> causa própria não é feio” (SGANZERLA, Exame,<br />
25/10/1995, p. 70-72), aborda-se a tendência cont<strong>em</strong>porân<strong>ea</strong> do executivo ser responsável por<br />
sua própria carreira e <strong>de</strong>finir, ele mesmo, seu valor no mercado, negociando periodicamente<br />
posições <strong>em</strong> diferentes <strong>em</strong>presas. De acordo com a autora do artigo, “os executivos têm<br />
trocado <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego com freqüência cada vez maior, a norma que vigorou por décadas e<br />
décadas, no mundo todo, <strong>de</strong> que o bom profissional <strong>de</strong>veria entrar numa <strong>em</strong>presa, fazer<br />
carreira e ali ficar até a aposentadoria, tornou-se velha, obsoleta e completamente<br />
incompatível com o mercado <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> hoje” E ainda, “o executivo t<strong>em</strong> <strong>de</strong> pensar no que<br />
é melhor para a sua carreira porque esse é seu maior patrimônio”, diz Dale, executivo <strong>de</strong> uma<br />
160