O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
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Esse é o executivo esperado nas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> um mundo globalizado ou<br />
pseudoglobalizado: um super-hom<strong>em</strong>, isto é, um ser perfeito e que atenda a todas as<br />
expectativas da <strong>em</strong>presa, um indivíduo que tenha algumas características que são encontradas<br />
não apenas <strong>em</strong> uma pessoa, mas <strong>em</strong> um conjunto <strong>de</strong> pessoas altamente qualificadas. Assim,<br />
no nosso enten<strong>de</strong>r, é correta a seguinte colocação crítica da autora do artigo: “o conjunto <strong>de</strong><br />
atributos e habilida<strong>de</strong>s é tão gran<strong>de</strong> que t<strong>em</strong>os que supor duas hipóteses: ou já se nasce com<br />
elas – e, neste caso, estaríamos falando <strong>de</strong> um habitante do planeta Krypton, como o Superhom<strong>em</strong>,<br />
ou se passa o resto da vida <strong>em</strong> treinamento intensivo para alcançar o perfil <strong>de</strong>sejado”.<br />
É necessário que o executivo tenha aquelas características já citadas, tais como<br />
corag<strong>em</strong>, competitivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>terminação, sendo chamado, inclusive, a fazer a diferença na<br />
<strong>em</strong>presa, o que também vai <strong>de</strong> encontro ao discurso da cooperação e do trabalho <strong>em</strong> equipe.<br />
Trabalha-se muito para alcançar o sucesso, e o executivo ten<strong>de</strong>rá a <strong>de</strong>finir estratégias que<br />
possam levá-lo ao estrelato. As horas no trabalho <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser aumentadas significativamente,<br />
“fazendo o máximo o mais rápido possível”.<br />
A partir do artigo “Superexecutivo dos anos 90” (CASTANHEIRA, Exame, 13/06/90,<br />
p.82-85), v<strong>em</strong>os que os <strong>em</strong>pregadores da época quer<strong>em</strong> ousadia, criativida<strong>de</strong> e dinamismo <strong>de</strong><br />
seus executivos, <strong>em</strong>bora uma pesquisa mostre que os profissionais ainda não cab<strong>em</strong> nesse<br />
figurino. De acordo com o texto, as <strong>em</strong>presas, na década <strong>de</strong> 90, quer<strong>em</strong> indivíduos que se<br />
distingam dos d<strong>em</strong>ais, que tenham ousadia para um risco planejado e calculado e que sejam<br />
<strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dores na medida certa, buscando novos negócios para a <strong>em</strong>presa. Furine,<br />
responsável da ár<strong>ea</strong> <strong>de</strong> recursos humanos da uma gran<strong>de</strong> <strong>em</strong>presa, diz: “quer<strong>em</strong>os gente<br />
preocupada com resultados, tecnologicamente atualizada e com visão ampla <strong>de</strong> negócios”,<br />
tanto que, com um toque <strong>de</strong> padronização, “dos 100 profissionais <strong>de</strong> primeiro e segundo<br />
escalões, trinta foram substituídos”. De acordo com o executivo: “precisávamos uniformizar o<br />
perfil <strong>de</strong>sse grupo para a<strong>de</strong>quá-lo aos novos objetivos”.<br />
As <strong>em</strong>presas, por sua vez, prefer<strong>em</strong> executivos criativos, abertos e arrojados; mas o<br />
que notamos, <strong>de</strong> fato, é que quer<strong>em</strong> que seus executivos dê<strong>em</strong>-lhes um retorno significativo. É<br />
interessante notar que ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que o artigo a pouco referido cita como<br />
características básicas dos executivos requeridos a criativida<strong>de</strong>, dá o ex<strong>em</strong>plo da <strong>em</strong>presa que<br />
diz ter d<strong>em</strong>itido 30% <strong>de</strong> seus executivos <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminado momento com o seguinte discurso:<br />
“precisávamos uniformizar o perfil <strong>de</strong>sse grupo para a<strong>de</strong>quá-lo aos novos objetivos”. Ora, a<br />
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