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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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para <strong>de</strong>sregular os mercados <strong>de</strong> forma seletiva e <strong>de</strong>sfazer o estado do b<strong>em</strong>estar<br />

social com diferentes intensida<strong>de</strong>s e orientações, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />

natureza das forças e instituições políticas <strong>de</strong> cada socieda<strong>de</strong>; aumento da<br />

concorrência econômica global <strong>em</strong> um contexto <strong>de</strong> progressiva diferenciação<br />

dos cenários geográficos e culturais para a acumulação e a gestão <strong>de</strong> capital”.<br />

No novo <strong>de</strong>senho do capitalismo, enfrentar crises passa a ser o principal objetivo das<br />

<strong>em</strong>presas, e para alcançar esse objetivo, elas d<strong>em</strong>it<strong>em</strong> <strong>em</strong> massa, modificam<br />

constant<strong>em</strong>ente as estruturas e processos <strong>de</strong> trabalho, prolongam as jornadas <strong>de</strong> trabalho,<br />

modificam a coor<strong>de</strong>nação das tarefas, enfim, <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> políticas que possam aumentar<br />

as suas taxas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> lucrativida<strong>de</strong>. Trata-se <strong>de</strong> uma reestruturação das<br />

relações <strong>de</strong> trabalho que somada à flexibilização organizacional, leva à substituição parcial<br />

dos padrões taylorista e fordista <strong>de</strong> produção 1 .<br />

Nesse contexto, as <strong>em</strong>presas pós-fordistas começam a fazer cada vez mais uso da<br />

manipulação da subjetivida<strong>de</strong> do trabalhador, redirecionando as relações <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong><br />

dominação nas organizações. Essa manipulação da subjetivida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> processos<br />

que venham a alcançar o comprometimento do indivíduo, inclusive por meio da utilização<br />

<strong>de</strong> suas instâncias psíquicas, foram muito utilizadas pelas <strong>em</strong>presas, especialmente na<br />

década <strong>de</strong> 90. O pós – fordismo<br />

“veio não só como resposta do capital à crise do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> regulação, mas<br />

também como forma <strong>de</strong> buscar outros meios <strong>de</strong> dominação da classe<br />

trabalhadora. O progresso tecnológico po<strong>de</strong> então ser visto como um<br />

movimento contraditório e conflituoso inserido num processo histórico <strong>de</strong><br />

luta <strong>de</strong> classes... acredito que o reor<strong>de</strong>namento da subjetivida<strong>de</strong> no interior<br />

do processo laboral serve não só para otimiza-lo <strong>de</strong>ntro do quadro <strong>de</strong><br />

globalização do capital, mas também para garantir, <strong>em</strong> outras bases, seu<br />

domínio sobre a força <strong>de</strong> trabalho” (Heloani, 2003, p.175).<br />

1 Os modos taylorista e fordista <strong>de</strong> produção pod<strong>em</strong> ser compreendidos como se bas<strong>ea</strong>ndo na separação do<br />

pensar e do agir. Neles, os t<strong>em</strong>pos e movimentos são controlados rigidamente <strong>de</strong> modo a buscar constant<strong>em</strong>ente<br />

o aumento da produtivida<strong>de</strong>. Não existe participação efetiva do trabalhador na <strong>de</strong>finição do trabalho que r<strong>ea</strong>liza.<br />

A divisão <strong>de</strong> tarefas é colocada <strong>em</strong> prática <strong>de</strong> modo a aumentar ao máximo o que a <strong>em</strong>presa po<strong>de</strong> tirar do<br />

indivíduo. Há uma linha rígida <strong>de</strong> produção que <strong>de</strong>fine como o trabalhador <strong>de</strong>veria trabalhar. A organização é<br />

extr<strong>em</strong>amente hierarquizada e verticalizada.<br />

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