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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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Também os executivos acabam tendo muito mais a per<strong>de</strong>r do que os funcionários <strong>de</strong><br />

chão <strong>de</strong> fábrica, isto é, do núcleo operacional. Aqueles alcançaram um nível social elevado<br />

e a perda do <strong>em</strong>prego po<strong>de</strong> representar, para eles, também a perda do sentido da vida, pois<br />

vê<strong>em</strong> o fim do padrão <strong>de</strong> vida que estavam acostumados e do reconhecimento que tinham<br />

<strong>de</strong>ntro e fora da <strong>em</strong>presa. E <strong>de</strong> acordo com CHANLAT (2000, p.15),<br />

“as gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas americanas continuarão a <strong>de</strong>senvolver uma imag<strong>em</strong><br />

mais enxuta suprimindo outros quatro milhões <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos. Esse movimento<br />

alcança também a indústria <strong>de</strong> informática e a automobilística, e atinge, cada<br />

vez mais, os colarinhos brancos, 27% na recessão <strong>de</strong> 1983 contra 37% <strong>em</strong><br />

1990”.<br />

CHANLAT diz ainda que, nesse ritmo, os executivos intermediários <strong>de</strong>verão se<br />

extinguir rapidamente.<br />

O mesmo fenômeno da diminuição do número <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregados nas <strong>em</strong>presas é,<br />

também, analisado por RIFKIN (1995), que enfatiza o fato <strong>de</strong> vivermos <strong>em</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />

da informação na qual o número <strong>de</strong> trabalhadores cai vertiginosamente e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>de</strong>sloca cada vez mais os trabalhadores da indústria para<br />

outros setores da economia. Com o auxílio da automação, opta-se por um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

produção mais enxuto, que, <strong>de</strong> acordo com RIFKIN (1995, p.103), consiste na combinação<br />

<strong>de</strong> “novas técnicas gerenciais com máquinas cada vez mais sofisticadas para produzir mais<br />

com menos recursos e menos mão-<strong>de</strong>-obra”. Dessa forma, as <strong>em</strong>presas procuram<br />

funcionários que ocup<strong>em</strong> cargos t<strong>em</strong>porários e terceirizam boa parte <strong>de</strong> suas tarefas;<br />

algumas <strong>de</strong>las, ainda, reestruturam os horários <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> seus funcionários <strong>de</strong> modo<br />

que eles possam se a<strong>de</strong>quar às mudanças e instabilida<strong>de</strong>s do mercado.<br />

CORIAT (1998, p.09), por sua vez, levanta algumas das consequências enfrentadas<br />

pelo trabalhador <strong>de</strong>vido às mudanças das relações <strong>de</strong> trabalho propiciadas pela<br />

transformação da produção fordista. O autor argumenta que, <strong>em</strong> um ambiente <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego, é possível observar fenômenos como a) a precarização das relações <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>prego, com a presença <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego, como a <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po parcial e por<br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>terminado, com r<strong>em</strong>uneração abaixo da existente nas relações <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego por<br />

t<strong>em</strong>po in<strong>de</strong>terminado; b) a busca <strong>de</strong> alternativas <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>doras no sentido <strong>de</strong> se obter<br />

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