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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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como nos coloca FREITAS (1999, p.06), old-fashioned. De acordo com a autora, “uma<br />

espécie <strong>de</strong> pacto silencioso foi assinado: não espere a minha l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong>, o que t<strong>em</strong>os <strong>em</strong><br />

conjunto é um acordo <strong>de</strong> convivência t<strong>em</strong>porária, posso trocá-lo por qu<strong>em</strong> me <strong>de</strong>r mais a<br />

qualquer momento”. Salienta-se, entretanto, que, <strong>de</strong> acordo com o contexto sócio-econômico<br />

atual, é muito difícil que essas mudanças constantes se impl<strong>em</strong>ent<strong>em</strong>, principalmente se ele<br />

tiver mais do que 35 anos. Nesse sentido, durante o período que ele estiver na <strong>em</strong>presa, que<br />

po<strong>de</strong> ser longo, satisfeito ou não, ele <strong>de</strong>ve manter certo nível <strong>de</strong> l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong> ou ao menos a<br />

<strong>em</strong>presa <strong>de</strong>ve perceber essa l<strong>ea</strong>lda<strong>de</strong>, esse compromisso com ela. Caso contrário, ele po<strong>de</strong> ser<br />

o próximo nome da lista negra. Neste contexto, o indivíduo passa a ser consi<strong>de</strong>rado, como já<br />

analisamos anteriormente, um recurso à disposição da organização, po<strong>de</strong>ndo ser d<strong>em</strong>itido por<br />

<strong>em</strong>ail ou por telefone, s<strong>em</strong> nenhum dil<strong>em</strong>a.<br />

Ainda no que se refere à d<strong>em</strong>issão nas organizações, o artigo “Afinal, há vida <strong>de</strong>pois<br />

da morte?” (GOMES, Exame, 20/11/96, p.144-145) nos trás <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> alguns<br />

executivos que foram d<strong>em</strong>itidos, vejamos um <strong>de</strong>les. “Eu pensava que a <strong>em</strong>presa era minha.<br />

Larguei minha família, me afastei dos amigos, abri mão, enfim, <strong>de</strong> quase tudo na minha vida,<br />

só para me <strong>de</strong>dicar a ela”,diz Wimert, ex-executivo da Oracle. De acordo com o psiquiatra<br />

Figueiró, professor da USP,<br />

135<br />

“as <strong>de</strong>cepções na carreira são como a morte para o executivo. Eles viv<strong>em</strong> para<br />

o trabalho e canalizam para a <strong>em</strong>presa toda a sua energia, atenção e interesses.<br />

Se ‘jogados <strong>de</strong> volta à terra’, numa d<strong>em</strong>issão ou quando são preteridos numa<br />

promoção, a crise se instala...Primeiro, nega-se a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong>. Depois, v<strong>em</strong> o<br />

inconformismo, a pior fase. A seguir, a raiva. Por fim, a aceitação” e ainda<br />

“eles se enraivec<strong>em</strong> com a <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ração com que foram enterrados, com o<br />

esquecimento <strong>de</strong> antigos amigos”.<br />

Assim, eles são esquecidos, menosprezados, consi<strong>de</strong>rados como obsoletos,<br />

estagnados, sofr<strong>em</strong> <strong>de</strong>scaso das <strong>em</strong>presas quanto a seu currículo. Enfim, o indivíduo começa a<br />

ter <strong>de</strong> refletir sobre tudo aquilo <strong>em</strong> que acreditava, questionar o id<strong>ea</strong>l <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> que é<br />

criado na <strong>em</strong>presa, o id<strong>ea</strong>l do comprometimento organizacional, reproduzido diariamente na<br />

<strong>em</strong>presa e, por fim, o orgulho <strong>em</strong> <strong>de</strong>dicar praticamente sua vida inteira a uma <strong>em</strong>presa que<br />

agora o está d<strong>em</strong>itindo.

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