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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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<strong>de</strong>ve, ser analisado, então, como algo que v<strong>em</strong> contribuindo seja na construção das<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais, seja na dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> crenças e das relações sociais. Assim o<br />

discurso é muito mais do que a transmissão <strong>de</strong> informações, vários processos também estão<br />

presentes, como a argumentação e a construção da r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong>.<br />

Compreen<strong>de</strong>r criticamente o discurso é aceitar que <strong>de</strong>terminado enunciado, <strong>em</strong><br />

termos <strong>de</strong> suas funções, não acaba no que pod<strong>em</strong>os enxergar explicitamente, existindo uma<br />

face oculta que nos permite analisar as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> dominação vivenciadas nas<br />

organizações. No que se refere à análise do discurso, esta é uma visão tanto da escola<br />

francesa <strong>de</strong> análise do discurso <strong>de</strong> Pêcheux, quanto <strong>de</strong> alguns expoentes da escola inglesa,<br />

como Norman Fairclough.<br />

Quanto à linguag<strong>em</strong>, esta é, <strong>de</strong> acordo com MAGALHÃES (1996), assim como para<br />

FAIRCLOUGH, experiência textual, interacional e discursiva. Segundo esta autora (1996,<br />

p.22) “a linguag<strong>em</strong> é concebida como local por excelência dos processos i<strong>de</strong>ológicos”. De<br />

modo s<strong>em</strong>elhante, afirma BRANDÃO (1998, p.20), que a “linguag<strong>em</strong> é um lugar<br />

privilegiado <strong>em</strong> que a i<strong>de</strong>ologia se materializa”. Nesse sentido, a linguag<strong>em</strong> não <strong>de</strong>ve ser<br />

vista como algo abstrato, e n<strong>em</strong> neutro, mas como o “lugar <strong>em</strong> que a i<strong>de</strong>ologia se manifesta<br />

concretamente, <strong>em</strong> que o i<strong>de</strong>ológico, para se objetivar, precisa <strong>de</strong> uma materialida<strong>de</strong>”.<br />

A linguag<strong>em</strong> po<strong>de</strong> ser analisada a partir <strong>de</strong> uma postura crítica, po<strong>de</strong>ndo ser<br />

consi<strong>de</strong>rada como prática social, isto é, como parte integrante e fundamental das<br />

socieda<strong>de</strong>s humanas. Ela po<strong>de</strong>, então, ser analisada e compreendida a partir <strong>de</strong> uma<br />

dimensão sócio - i<strong>de</strong>ológica e não apenas <strong>em</strong> função do componente lingüístico. A teoria<br />

crítica da linguag<strong>em</strong> apresenta, <strong>de</strong> acordo com os estudos r<strong>ea</strong>lizados por COSTA (1996) a<br />

partir <strong>de</strong> diversos autores tais como Pêcheux, alguns axiomas básicos: a) o indivíduo é<br />

socialmente condicionado, sua enunciação é socialmente condicionada, <strong>de</strong>vendo então a<br />

linguag<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como prática social; b) a linguag<strong>em</strong>, entendida como trabalho,<br />

pressupõe relações <strong>de</strong> trabalho materiais, ou seja, ao falar o hom<strong>em</strong> trabalha para a<br />

modificação e evolução <strong>de</strong> sua língua; c) a linguag<strong>em</strong>, enquanto el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> interação, é<br />

mais consi<strong>de</strong>rada como tal do que como função comunicativa, tendo <strong>em</strong> vista o fato <strong>de</strong> que<br />

a i<strong>de</strong>ologia vai influenciar na produção das palavras, fazendo com que sujeitos não se<br />

relacion<strong>em</strong> livr<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> termos da linguag<strong>em</strong>, o que está mais próximo do r<strong>ea</strong>l; d) a<br />

linguag<strong>em</strong>, como i<strong>de</strong>ologia, po<strong>de</strong> levar-nos a compreen<strong>de</strong>r a linguag<strong>em</strong> como<br />

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