O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
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diminuição <strong>de</strong> até 40% do pessoal”. Trata-se do discurso da mo<strong>de</strong>rnização e da<br />
<strong>de</strong>sburocratização dos processos <strong>de</strong> trabalho, feitos inclusive com a participação dos<br />
funcionários, gerando, não raro, a diminuição <strong>de</strong> pessoal nas organizações que impl<strong>em</strong>entam<br />
esses mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão, inclusive no enfocado no artigo <strong>em</strong> questão.<br />
5.2 O discurso dos modismos gerenciais nos artigos analisados<br />
Junto ao incr<strong>em</strong>ento da qualida<strong>de</strong> dos produtos e dos serviços prestados, estão também<br />
a satisfação do cliente e sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> como os principais objetivos das organizações. E, para<br />
alcança-los, lança-se mão, muitas vezes, das técnicas as mais heterodoxas. Uma <strong>de</strong>ssas<br />
técnicas é a utilizada pela Ericsson. De acordo com o artigo “T<strong>em</strong> sueco vestido como<br />
samurai” (EXAME, 17/04/91, p.08-09), os funcionários da <strong>em</strong>presa, todos os dias, param seus<br />
trabalhos por alguns momentos para fazer exercícios físicos, mais exatamente, ginástica<br />
aeróbica, como se vê uma prática menos comum do que as paradas para fazer alongamentos.<br />
Segundo afirma Falk, diretor da <strong>em</strong>presa analisada, a ginástica aeróbica t<strong>em</strong> sido eficaz,<br />
“<strong>de</strong>pois que os operários começaram a malhar, o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes no trabalho diminuiu.<br />
Da mesma forma, caíram as visitas ao ambulatório”. Quanto à dimensão <strong>em</strong>ocional do<br />
indivíduo, esta é supervisionada pela Ericsson através <strong>de</strong> outras práticas, como painéis com a<br />
inscrição “como estou me sentindo hoje”, <strong>em</strong> que o <strong>em</strong>pregado <strong>de</strong>ve colocar seu nome com as<br />
cores relacionadas a seu estado <strong>em</strong>ocional: “tanto quanto o estado físico, o lado <strong>em</strong>ocional<br />
dos <strong>em</strong>pregados é conferido <strong>de</strong> perto”, estas ativida<strong>de</strong>s faz<strong>em</strong> parte do processo <strong>de</strong> melhoria<br />
contínua <strong>em</strong>basada no mo<strong>de</strong>lo japonês Kaisen. A <strong>em</strong>presa, segundo se lê no artigo, está<br />
fascinada com o mo<strong>de</strong>lo japonês, <strong>em</strong> que “a mudança precisa da participação e do<br />
envolvimento <strong>de</strong> todos os funcionários para ter sucesso”. Assim, para envolver o funcionário<br />
no processo <strong>de</strong> mudança, a organização faz uso <strong>de</strong> outras práticas atualmente muito utilizadas,<br />
tais como os treinamentos vivenciais com psicólogos <strong>em</strong> hotéis, e é claro, nos finais <strong>de</strong><br />
s<strong>em</strong>ana. Ainda <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo, há lugar para reuniões <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana, o que, nos dá a<br />
impressão <strong>de</strong> que o funcionário t<strong>em</strong> <strong>de</strong> participar cada vez mais do espírito da <strong>em</strong>presa e esta<br />
participação está diretamente relacionada a mais trabalho: “a cada fim <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana, grupos <strong>de</strong><br />
quarenta pessoas das ár<strong>ea</strong>s <strong>de</strong> vendas, finanças e administração reuniam-se com gerentes e<br />
lí<strong>de</strong>res da fábrica num dos hotéis da cida<strong>de</strong>”, lê-se no artigo. E os “novos programas” se<br />
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