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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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6. Ganhe com a participação<br />

6.1 O discurso da participação nas organizações<br />

A participação po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada um dos principais el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> análise das<br />

relações <strong>de</strong> trabalho nas organizações e uma das principais estratégias utilizadas pelas<br />

<strong>em</strong>presas para alcançar seus objetivos <strong>de</strong> produção ou financeiros. De acordo com MELO<br />

(1985, p.162), “as formas gerenciais ditas <strong>de</strong> gestão participativa são principalmente técnicas<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pela <strong>em</strong>presa para reforçar os objetivos organizacionais <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e<br />

mecanismos informais, ou não institucionalizados, <strong>de</strong> regulação <strong>de</strong> conflito”.<br />

É possível encontrar, no contexto organizacional, diversos modos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los participativos, como, por ex<strong>em</strong>plo os Círculos <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>. MELO<br />

(1985, p.161) levanta duas instituições <strong>de</strong> participação nas organizações: a financeira, tais<br />

como a oferta <strong>de</strong> prêmios, e a participação da vida da <strong>em</strong>presa, caso da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

participação nas <strong>de</strong>cisões.<br />

No Brasil, a gestão participativa sofreu<br />

185<br />

“pequenas adaptações, através da aplicação <strong>de</strong> alguns princípios (não técnicas)<br />

<strong>de</strong> racionalização, da introdução <strong>de</strong> versões locais dos novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

organização e da criação <strong>de</strong> alguns esqu<strong>em</strong>as ditos participativos. É possível,<br />

com isso, reduzir os custos, intensificar o ritmo do trabalho, atribuir novas<br />

tarefas aos trabalhadores (caso específico dos C.C.Q.), e criar um ambiente<br />

participativo s<strong>em</strong> alterar as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r no interior da fábrica”.<br />

(FLEURY,1985, p.64).<br />

Fleury critica a impl<strong>em</strong>entação dos sist<strong>em</strong>as, ditos participativos nas <strong>em</strong>presas<br />

brasileiras, nas quais muitas vezes não se alternam as estruturas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e eles criam apenas<br />

uma aura <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização na <strong>em</strong>presa, obtida, inclusive, por meio do discurso <strong>de</strong> sofisticação<br />

da gestão.<br />

STORCH (1985, p.132), <strong>em</strong>basando-se <strong>em</strong> Bernstein, i<strong>de</strong>ntifica três dimensões da<br />

participação: a) o grau <strong>de</strong> influência, que t<strong>em</strong> a ver com o recebimento <strong>de</strong> informações da<br />

<strong>em</strong>presa, com o direito <strong>de</strong> apresentar sugestões, <strong>de</strong> vetar <strong>de</strong>cisões da administração e com o<br />

direito <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões juntamente com os administradores; b) o escopo da participação que<br />

diz respeito à influência dos <strong>em</strong>pregados nas <strong>de</strong>cisões relativas às condições <strong>de</strong> trabalho, às

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