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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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talentos disputando o mercado, e as pessoas talentosas sab<strong>em</strong>, que, se for<strong>em</strong><br />

r<strong>ea</strong>lmente boas, pod<strong>em</strong> conseguir ofertas s<strong>em</strong>pre melhores. Empresas e<br />

talentos corr<strong>em</strong> <strong>em</strong> raias diferentes, mas se sondam, se espiam, se namoram<br />

[...]”.<br />

O comprometimento po<strong>de</strong> ser reduzido à sua dimensão organizacional e<br />

compreendido, simplesmente, como engajamento, como a<strong>de</strong>são a um projeto, como um<br />

envolvimento forte com a organização <strong>em</strong> que o indivíduo está inserido. BASTOS (1994,<br />

p.28) nos apresenta algumas dimensões do termo, a partir <strong>de</strong> estudos organizacionais. De<br />

acordo com este autor, o comprometimento está relacionado ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> permanecer como<br />

m<strong>em</strong>bro da organização, ao orgulho <strong>de</strong> pertencer a ela, à i<strong>de</strong>ntificação com objetivos e valores<br />

da organização e ao próprio engajamento que faz com que o indivíduo se <strong>em</strong>penhe <strong>em</strong> favor<br />

da <strong>em</strong>presa. Na perspectiva atitudinal ou afetiva, apresentada por BASTOS (1994, p.43), a<br />

partir dos estudos <strong>de</strong> Mowday, o termo comprometimento “seria um estado no qual o<br />

indivíduo se i<strong>de</strong>ntifica com uma organização e seus objetivos e <strong>de</strong>seja manter-se como<br />

m<strong>em</strong>bro, <strong>de</strong> modo a facilitar a consecução <strong>de</strong>sses objetivos”.<br />

Numa segunda vertente, a análise do comprometimento organizacional po<strong>de</strong> ser feita a<br />

partir da instrumentalida<strong>de</strong>. Tal vertente <strong>de</strong>fine o comprometimento como “a tendência a se<br />

manter nela engajado – uma linha consciente <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> – <strong>de</strong>vido aos custos associados à<br />

sua saída”. A principal diferença entre as duas versões do conceito refere-se às razões que<br />

levam os indivíduos a permanecer<strong>em</strong> na organização: ou porque eles <strong>de</strong>sejam –<br />

comprometimento afetivo - ou porque eles necessitam – comprometimento instrumental.<br />

Além dos componentes afetivos e instrumentais, o comprometimento conta ainda com<br />

o componente normativo, que po<strong>de</strong> ser compreendido a partir dos trabalhos r<strong>ea</strong>lizados por<br />

Allen e Meyer, e abordados por Barbosa e Faria (2000, p.08). Para estes autores é possível<br />

que “o indivíduo se comprometa quando internaliza as normas e padrões adotados pela<br />

organização, pois haverá então a congruência entre valores pessoais e organizacionais, entre<br />

<strong>de</strong>sejos inconscientes e imaginários dos sujeitos e aqueles representados na e pela<br />

organização”.<br />

Em suma, o comprometimento está relacionado com apego à <strong>em</strong>presa, como a<br />

disposição integral <strong>em</strong> trabalhar pela <strong>em</strong>presa, <strong>em</strong> auxiliar no alcance dos objetivos<br />

organizacionais. Está ligado ao <strong>de</strong>sejo e à responsabilida<strong>de</strong> pela consecução plena dos

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