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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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para existir, para passar do virtual a qualquer coisa a mais”. (CASTORIADIS, 2000, p.<br />

154).<br />

Da mesma forma, o imaginário reúne-se com o funcional para formar a socieda<strong>de</strong>, o<br />

r<strong>ea</strong>l. FREITAS (2000, p.54) a partir <strong>de</strong> Castoriadis, afirma que “tudo no social e histórico<br />

está indissoluvelmente ligado ao simbólico, que por sua vez está ligado ao imaginário, s<strong>em</strong><br />

nele se esgotar [...] Nenhuma socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> sobreviver se não for capaz <strong>de</strong> satisfazer<br />

essas necessida<strong>de</strong>s r<strong>ea</strong>is que o econômico-funcional <strong>de</strong>ve suprir. Mas, s<strong>em</strong> o imaginário e<br />

o simbólico, a socieda<strong>de</strong> não teria podido reunir-se e continuar a existir como tal”.<br />

É no imaginário, essa r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> subjetiva fundamental na construção do mundo, que<br />

encontramos l<strong>em</strong>branças e idéias capazes <strong>de</strong> criar um significado para a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong><br />

vivenciada. De acordo com LAPIERRE (1989, p.07), “o imaginário serve <strong>de</strong> ligação entre<br />

a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> interna da pessoa e a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> externa” e “diz respeito ao conjunto <strong>de</strong><br />

representações que o sujeito faz ou dá à r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> subjetiva interna e à r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> externa”.<br />

Em ENRIQUEZ (1997, p.83, tradução nossa), o imaginário “se apresenta como aquilo<br />

que permite a construção libidinal, o investimento nos objetos ou no eu narcisista. S<strong>em</strong> o<br />

imaginário, o <strong>de</strong>sejo continua proibido ou não po<strong>de</strong> se reconhecer como <strong>de</strong>sejo n<strong>em</strong> achar as<br />

vias que permit<strong>em</strong> tentar se r<strong>ea</strong>lizar”.<br />

O imaginário exerce, então, papel fundamental na tentativa das <strong>em</strong>presas conquistar<strong>em</strong><br />

seus objetivos. De acordo com ENRIQUEZ (1997), a organização não existe s<strong>em</strong> o<br />

imaginário que é produzido e auxilia no estabelecimento dos sist<strong>em</strong>as culturais e<br />

simbólicos. E po<strong>de</strong> optar por dois tipos <strong>de</strong> imaginário – o imaginário enganador, do logro e<br />

o imaginário motor. Na primeira feição do imaginário, a organização vai se colocar como<br />

toda po<strong>de</strong>rosa, uma mãe que se propõe a proteger o indivíduo e suprir as suas necessida<strong>de</strong>s e<br />

vai tentar “pren<strong>de</strong>r os indivíduos nas armadilhas <strong>de</strong> seus próprios <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> afirmação<br />

narcisista, no seu fantasma <strong>de</strong> onipotência ou <strong>de</strong> sua carência <strong>de</strong> amor, <strong>em</strong> se fazendo forte<br />

para po<strong>de</strong>r correspon<strong>de</strong>r aos seus <strong>de</strong>sejos naquilo que eles têm <strong>de</strong> mais excessivos e mais<br />

arcaicos e <strong>de</strong> transformar os fantasmas <strong>em</strong> r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong>” (ENRIQUEZ, 1997, p.35, tradução<br />

nossa). Já, no imaginário motor, a organização possibilita e permite aos indivíduos<br />

<strong>de</strong>senvolver<strong>em</strong>-se criativamente, s<strong>em</strong> que haja a utilização <strong>de</strong> aspectos repressivos. O<br />

indivíduo começa a ter a perspectiva <strong>de</strong> inovar, <strong>de</strong> criar algo totalmente novo, e <strong>de</strong>,<br />

criativamente, buscar mudanças que possam ser benéficas para a organização, para os<br />

indivíduos nela inseridos e para o <strong>de</strong>senvolvimento das relações sociais.<br />

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