O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
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<strong>de</strong>vido à participação no planejamento das ações da <strong>em</strong>presa e a implantação <strong>de</strong> 4.000 das<br />
5.000 idéias apresentadas pelos funcionários, <strong>de</strong> acordo com seu presi<strong>de</strong>nte. Uma informação,<br />
porém, é no mínimo curiosa – <strong>em</strong> uma situação difícil para a <strong>em</strong>presa, “muitos se ofereceram<br />
como voluntários para manter os equipamentos funcionando durante os finais <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana –<br />
s<strong>em</strong> bater o cartão <strong>de</strong> ponto”, diz o executivo da <strong>em</strong>presa. É o que todo <strong>em</strong>presário gostaria,<br />
estando disposto, inclusive, a ter uma administração participativa.<br />
Ainda, no t<strong>em</strong>a da administração participativa, o artigo “Um cardápio <strong>de</strong> incentivos”<br />
(EXAME, 03/03/93, p. 75) traz novamente, a visão <strong>de</strong> que o sucesso <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa, a ATA<br />
administradora <strong>de</strong> restaurantes industriais, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente <strong>de</strong> sua produtivida<strong>de</strong>,<br />
mas também do envolvimento e a motivação dos funcionários. Nesse sentido, a <strong>em</strong>presa que<br />
serve <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plo ao artigo <strong>em</strong> questão vincula parte da r<strong>em</strong>uneração dos funcionários aos<br />
ganhos da qualida<strong>de</strong>. Como se vê, a r<strong>em</strong>uneração é, outra vez, consi<strong>de</strong>rada o gran<strong>de</strong> fator<br />
motivacional. A participação é valorizada, também, por meio da criação <strong>de</strong> comitês e o<br />
pessoal da linha <strong>de</strong> frente ganha mais autonomia nas suas ativida<strong>de</strong>s cotidianas. Por fim, o<br />
indivíduo acaba se envolvendo <strong>em</strong> forças-tarefa e comissões permanentes <strong>de</strong> modo a<br />
aumentar o engajamento <strong>de</strong>le aos <strong>de</strong>sejos e projetos da <strong>em</strong>presa.<br />
“Quando você vê as metas, dá um frio na barriga [...] Depois, mexe com os brios e a<br />
motivação é enorme”. Esse trecho faz parte do artigo, “Como ganhar 20 salários anuais”<br />
(CASTANHEIRA, Exame, 02/02/94, p. 60-64), e é parte da fala <strong>de</strong> um executivo que tece<br />
vários elogios à participação dos <strong>em</strong>pregados nos lucros da sua <strong>em</strong>presa. Com a r<strong>em</strong>uneração<br />
variável, a <strong>em</strong>presa fica com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manipular seus <strong>em</strong>pregados da maneira que<br />
ela julga necessário, <strong>de</strong>finindo padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e aumentando-os constant<strong>em</strong>ente, a<br />
fim <strong>de</strong> aumentar seus lucros – aumentar a produtivida<strong>de</strong> e alcançar os objetivos pod<strong>em</strong><br />
representar a elevação <strong>de</strong> seus ganhos na <strong>em</strong>presa. Trata-se <strong>de</strong> motivar o indivíduo,<br />
incentivando, inclusive, o <strong>de</strong>senvolvimento do seu potencial criativo. Esses programas <strong>de</strong><br />
r<strong>em</strong>uneração variável tornam-se “mais um importante <strong>em</strong>purrão para a retomada dos<br />
negócios”. A lógica que impera nesses programas é a <strong>de</strong> que “o crescimento da <strong>em</strong>presa<br />
significa seu <strong>de</strong>senvolvimento e que lucro quer dizer mais salário”. Po<strong>de</strong>-se dizer, enfim, que<br />
a participação talvez não tenha o sentido <strong>de</strong>sejado pelo funcionário, e é um processo mais<br />
interessante para a <strong>em</strong>presa do que para o indivíduo, que ganha b<strong>em</strong> menos do que a <strong>em</strong>presa.<br />
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