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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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do comprometimento organizacional. Ainda segundo o autor, as pessoas, <strong>de</strong> maneira geral,<br />

apesar <strong>de</strong> se ressentir<strong>em</strong> pelo trabalho impedi-las <strong>de</strong> viver, acreditam que ele, o trabalho, po<strong>de</strong><br />

dar sentido às suas vidas.<br />

Dessa maneira, a <strong>em</strong>presa se apresenta para o indivíduo como um local <strong>em</strong> que ele<br />

po<strong>de</strong>rá r<strong>ea</strong>lizar seus sonhos e <strong>de</strong> diminuir suas tensões e angústias, sobretudo nos dias <strong>de</strong> hoje,<br />

<strong>de</strong> forte crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Porém, mesmo tentando passar ao indivíduo uma imag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

força e <strong>de</strong> proteção, a <strong>em</strong>presa, como b<strong>em</strong> l<strong>em</strong>bra Enriquez (1997), não t<strong>em</strong> uma unida<strong>de</strong> tão<br />

evi<strong>de</strong>nte e segura. Segundo o autor, a <strong>em</strong>presa constrói uma estrutura <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que visa<br />

assegurar sua imag<strong>em</strong> para si mesma e para os outros, como para <strong>em</strong>pregados e clientes. Para<br />

tanto, a <strong>em</strong>presa necessita formalizar comportamentos e padronizar tarefas a ser<strong>em</strong><br />

executadas, ou seja, <strong>de</strong>senvolver diferentes formas <strong>de</strong> controle.<br />

Mas, voltando ao ponto, <strong>em</strong>presas t<strong>em</strong> cada vez mais importância na vida dos<br />

indivíduos, e muitas das corporações mo<strong>de</strong>rnas estão se transformando <strong>em</strong> “instituições<br />

totais”, t<strong>em</strong>a do artigo “O centro do universo” (Exame, 04/04/2001, p.108-110) da<br />

antropóloga Lívia BARBOSA. Esse artigo apresenta conexões estreitas com nosso trabalho e,<br />

neste sentido, caberia levantar algumas observações importantes levantadas pela autora.<br />

Para Lívia Barbosa, as <strong>em</strong>presas vêm passando por transformações estruturais que as<br />

tornam praticamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do espaço social. Trata-se <strong>de</strong><br />

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“ambientes transparentes que reflet<strong>em</strong> a filosofia gerencial das <strong>em</strong>presas,<br />

espaços amplos e compartilhados igualitariamente, cuidados estéticos com o<br />

ambiente <strong>de</strong> trabalho, acesso generalizado à informação, participação nos<br />

lucros, integração entre execução e concepção entre ação e <strong>de</strong>cisão. Não<br />

pod<strong>em</strong>os nos esquecer também <strong>de</strong> todo um lado social e recr<strong>ea</strong>tivo composto<br />

<strong>de</strong> restaurantes, clube, creches, serviços médicos [...] grupos <strong>de</strong> apoio<br />

psicológico, clubes <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, universida<strong>de</strong>s corporativas, acad<strong>em</strong>ias <strong>de</strong><br />

ginástica, aulas <strong>de</strong> relaxamento e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntarismo<br />

social...investimento na vida social <strong>de</strong> seus funcionários. Happy hours, idas a<br />

karaokês e saídas à noite <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> funcionários para dançar são alguns<br />

ex<strong>em</strong>plos. Concentradas <strong>em</strong> um único espaço físico e institucional, essas<br />

ativida<strong>de</strong>s e serviços nos faz<strong>em</strong> perguntar se estamos efetivamente falando <strong>de</strong><br />

um local <strong>de</strong> trabalho ou <strong>de</strong> pequenas comunida<strong>de</strong>s auto-suficientes”. Segundo<br />

ela, “as <strong>em</strong>presas mo<strong>de</strong>rnas romp<strong>em</strong> cada vez mais com as fronteiras

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