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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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<strong>em</strong>presarial. Isto é, a pressão <strong>em</strong> cima do executivo para que seja competitivo e s<strong>em</strong>pre muito<br />

forte impe<strong>de</strong> que se coloque como um ser humano frágil e passível <strong>de</strong> ajuda <strong>em</strong> algum<br />

momento: “um executivo não mostra fraqueza nunca [...] convencionou-se, sabe-se lá quando,<br />

que para cumprir seu papel o executivo t<strong>em</strong> que ser um hom<strong>em</strong> forte. Além <strong>de</strong> corajoso,<br />

ousado, firme, seguro”, diz a autora do artigo. O executivo <strong>de</strong>ve estar s<strong>em</strong>pre engajado <strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver seu papel <strong>de</strong> super-herói, mantendo uma imag<strong>em</strong> inabalável. Neste sentido,<br />

procurar ajuda torna-se algo inadmissível para ele, que pensa que po<strong>de</strong> resolver sozinho todos<br />

seus probl<strong>em</strong>as interiores. Complica o quadro, a d<strong>em</strong>anda das organizações por pessoas fortes<br />

e que consigam manter incessant<strong>em</strong>ente, esse nível <strong>de</strong> controle na vida.<br />

Na busca <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no trabalho, assim como exist<strong>em</strong> muitas<br />

<strong>em</strong>presas que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, da razão , acolh<strong>em</strong> um funcionário com uma doença como<br />

a Aids, outras <strong>em</strong>presas, como a Monark vão pelo caminho contrário. Lendo-se o artigo “A<br />

r<strong>ea</strong>ção do mundo dos negócios ao assédio da Aids” (CASTANHEIRA e VASSALO, Exame,<br />

01/04/92, p. 60-66), vê-se que a <strong>em</strong>presa d<strong>em</strong>itiu sumariamente um <strong>em</strong>pregado pelo fato <strong>de</strong><br />

ser portador do HIV - atitu<strong>de</strong> tomada <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitas d<strong>em</strong>onstrações <strong>de</strong> discriminação por<br />

parte da <strong>em</strong>presa e <strong>de</strong> seus próprios colegas <strong>de</strong> trabalho. É verda<strong>de</strong> que, o medo da Aids,<br />

especialmente <strong>em</strong> seu início, era fator <strong>de</strong> pânico, inclusive <strong>de</strong>ntro das <strong>em</strong>presas, que <strong>em</strong><br />

nenhum momento estariam dispostas a acolher um indivíduo portador <strong>de</strong> HIV. No caso da<br />

<strong>em</strong>presa citada acima, lê-se que o funcionário “foi proibido <strong>de</strong> usar telefones. Os aparelhos <strong>de</strong><br />

sua mesa foram <strong>de</strong>sinfetados com álcool e no dia <strong>em</strong> que os exames ficaram prontos, foi<br />

d<strong>em</strong>itido”. Assim, o discurso da <strong>em</strong>presa, <strong>de</strong> um lado, é o do apoio e o do auxílio no<br />

incr<strong>em</strong>ento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do indivíduo; por outro lado, existe o pensamento <strong>de</strong> que<br />

nada po<strong>de</strong> alterar o cotidiano das pessoas na <strong>em</strong>presa, sob o risco <strong>de</strong> que isso venha a implicar<br />

<strong>em</strong> perdas para ela. Tendo <strong>em</strong> vista esse ambiente estável e seguro pretendido pela <strong>em</strong>presa,<br />

ela <strong>de</strong>verá, ao menos <strong>em</strong> tese, excluir qualquer indivíduo que possa am<strong>ea</strong>çar a paz reinante.<br />

Não é incomum funcionários ser<strong>em</strong> d<strong>em</strong>itidos pelo simples fato <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> homossexuais,<br />

como o caso do <strong>em</strong>pregado da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> supermercados Carrefour <strong>de</strong> Brasília, <strong>em</strong> 2003. Neste<br />

sentido, retirar da <strong>em</strong>presa um indivíduo que <strong>de</strong>stoa da uniformida<strong>de</strong> reinante passa a ser<br />

priorida<strong>de</strong> para a organização, que <strong>de</strong>pois fará do discurso da criativida<strong>de</strong>, da inovação e da<br />

diversida<strong>de</strong> algumas <strong>de</strong> suas ban<strong>de</strong>iras.<br />

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