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O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...

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III – Tópicos especiais da análise do discurso<br />

1. Análise do discurso<br />

1.1 O discurso<br />

O presente estudo t<strong>em</strong> por objetivo analisar <strong>em</strong> que consiste tanto o discurso<br />

organizacional <strong>em</strong> recursos humanos no âmbito das <strong>em</strong>presas privadas quanto às relações<br />

<strong>em</strong>presa - indivíduo. A análise do discurso organizacional r<strong>ea</strong>lizada neste estudo não<br />

preten<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ter <strong>em</strong> uma análise formal da língua, mas a uma análise mais interpretativa e<br />

explicativa, <strong>em</strong> que se quer compreen<strong>de</strong>r o que é dito e o que não foi dito, a partir <strong>de</strong> uma<br />

perspectiva crítica, <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminado discurso. Isto, preten<strong>de</strong>-se observar o hom<strong>em</strong> falando.<br />

É necessário, nesse caso, compreen<strong>de</strong>r também as condições sociais <strong>em</strong> que se dá um<br />

<strong>de</strong>terminado discurso, sendo necessário relacionar a linguag<strong>em</strong> ao que está presente no<br />

exterior. Além disso, é fundamental perceber como as pessoas e <strong>em</strong>presas faz<strong>em</strong> uso <strong>de</strong><br />

estratégias comunicativas, sendo possível, então, perceber suas principais crenças e<br />

interesses. De acordo com CUNHA (1996, p.230), “tais valores e interesses representam a<br />

cultura majoritária e constitu<strong>em</strong>, assim, <strong>de</strong> modo direto ou indireto, r<strong>ea</strong>lizações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r”.<br />

E é justamente pela compreensão da articulação <strong>de</strong>ssas formas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que esperamos<br />

contribuir para um maior enriquecimento interpretativo do campo que este estudo abrange.<br />

No que se refere à linguag<strong>em</strong>, ela só po<strong>de</strong> ser compreendida, <strong>de</strong>ntro do nosso<br />

contexto <strong>de</strong> trabalho, como prática social e política, como el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> interação social.<br />

Nesse sentido, estamos falando <strong>em</strong> discurso. E <strong>de</strong> acordo com ORLANDI (1999, p.15), “na<br />

análise <strong>de</strong> discurso, procura-se compreen<strong>de</strong>r a língua fazendo sentido, enquanto trabalho<br />

simbólico, parte do trabalho social geral, constitutivo do hom<strong>em</strong> e da sua história”. T<strong>em</strong>os<br />

na análise do discurso, a compreensão <strong>de</strong> como um objeto simbólico produz sentidos para<br />

os sujeitos. A linguag<strong>em</strong> r<strong>ea</strong>liza a mediação do indivíduo com a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> social; nesse<br />

sentido ela não é, e n<strong>em</strong> <strong>de</strong>ve ser, encarada como neutra, mas como uma habilida<strong>de</strong><br />

humana que t<strong>em</strong> um papel fundamental na construção social da r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong>.<br />

Quando se fala <strong>em</strong> discurso, consi<strong>de</strong>ra-se a dimensão i<strong>de</strong>ológica que lhe é inerente.<br />

É no discurso que se articulam a i<strong>de</strong>ologia e a linguag<strong>em</strong>. Po<strong>de</strong>-se perceber a i<strong>de</strong>ologia não<br />

apenas <strong>em</strong> um <strong>de</strong>terminado conteúdo, mas também na forma ou maneira como ele é<br />

enunciado. No discurso, a primeira característica que nos v<strong>em</strong> à mente refere-se à sua<br />

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