O Discurso Organizacional em Recursos Humanos ea - Sistema de ...
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necessário, como nos coloca Freitas (2000), não apenas o <strong>de</strong>sejo do seduzir, mas também o<br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ser seduzido. Com a sedução, o indivíduo vai se envolvendo calmamente com a<br />
organização, até o momento do a<strong>de</strong>us, visto que “o <strong>de</strong>stino da seduzida é o abandono” (Freitas<br />
, 2000, p.150).<br />
Uma das principais categorias conceituais do discurso, ao lado da busca da excelência e da<br />
formação da comunida<strong>de</strong> na organização, é a participação no processo <strong>de</strong>cisório, <strong>em</strong> que a<br />
<strong>em</strong>presa se coloca como d<strong>em</strong>ocrática <strong>em</strong> seu processo <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> difusão das<br />
informações e se posiciona como aberta a críticas e sugestões. Assim, os indivíduos são<br />
incentivados a participar, mesmo que o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ao qual venham tomar<br />
parte não seja <strong>de</strong> muita relevância, mesmo que ele seja chamado apenas para dar certa<br />
legitimida<strong>de</strong> para o processo.<br />
No que se refere aos laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que se formam na organização, o critério da<br />
formação da comunida<strong>de</strong> no trabalho é tomado como sendo um dos principais indícios <strong>de</strong> um<br />
bom local para trabalhar, sendo alterado, inclusive, o clima organizacional <strong>em</strong> função do grau<br />
<strong>de</strong> afetivida<strong>de</strong> que surja entre os m<strong>em</strong>bros da organização e entre estes e a própria instituição.<br />
Por isso, as organizações lutam para ser<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>radas a família do <strong>em</strong>pregado, sua<br />
principal referência na vida; as <strong>em</strong>presas vão fazendo um uso cada vez mais constante da<br />
gestão do afetivo para conquistar e manter o indivíduo inserido na família formada na<br />
<strong>em</strong>presa. De acordo com Freitas (2000, p.69), “a imag<strong>em</strong> da <strong>em</strong>presa passa a ser a do lugar<br />
on<strong>de</strong> o trabalho, a convivência e os laços fraternos se compl<strong>em</strong>entam <strong>de</strong> forma prazerosa.<br />
Uma aventura a ser compartilhada por todos os colaboradores e companheiros”. A <strong>em</strong>presa<br />
oferece prêmios, clubes <strong>de</strong> finais <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana, acad<strong>em</strong>ias <strong>de</strong> ginástica; tudo aquilo que possa<br />
integrar socialmente o indivíduo e fazer <strong>de</strong>le um m<strong>em</strong>bro especial da sua gran<strong>de</strong> família.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a <strong>em</strong>presa exerce um papel cada vez mais importante nos dias <strong>de</strong> hoje,<br />
ela não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> se fazer importante no que se refere à promoção social. Assim, por<br />
meio da responsabilida<strong>de</strong> social, procurará exercer influência na comunida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que está<br />
inserida e <strong>de</strong>sta forma, melhorar sua imag<strong>em</strong> institucional. Ela se coloca acima do b<strong>em</strong> e do<br />
mal, e veste a camisa daquela que supre necessida<strong>de</strong>s sociais. Agora, <strong>de</strong> acordo com Freitas<br />
(2000, p.61), “os investimentos <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s culturais e sociais não são al<strong>ea</strong>tórios e n<strong>em</strong><br />
pod<strong>em</strong> ser vistos como fruto <strong>de</strong> um altruísmo das <strong>em</strong>presas, tampouco <strong>de</strong>sinteressadas”. Ou<br />
seja, nada é feito s<strong>em</strong> que haja algum interesse oculto; e a <strong>em</strong>presa utiliza-se inclusive da<br />
pobreza da socieda<strong>de</strong>, parcialmente produzida por ela, para ser consi<strong>de</strong>rada caridosa e cidadã.<br />
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